O marceneiro Clayton Teixeira Soares, que na próxima terça-feira (07) completa 26 anos, viu sua vida transformada por completa ao encontrar uma bomba em seu caminho. Ele teve os dois pés e parte dos dedos de uma das mãos decepados por uma explosão ocorrida na madrugada do ‘mega-assalto’, em Araçatuba.
Ainda internado na Santa Casa de Araçatuba, onde se recupera da cirurgia ortopédica que teve de ser submetido, o jovem também virou assunto de Fake News, ao ser confundido com um outro rapaz condenado pela morte de um veterinário anos atrás na cidade. Fato já esclarecido por autoridades policiais.
Mas uma boa notícia para Clayton chegou por meio de uma reportagem veiculada pelo portal sbtinterior.com, nesta sexta-feira (03). Segundo escreveu o jornalista Kaio Esteves, uma empresa especializada em próteses decidiu doar as duas próteses para o marceneiro.
A ideia de colocar a empresa de próteses em contato com a família da vítima partiu de uma analista de sistemas de 36 anos, que nasceu em Araçatuba, mas vive há 10 anos em Campinas.
Ela conversou com a empresa e depois conseguiu o contato da família do Clayton, fazendo essa "ponte". Ela disse que o objetivo é ajudar, e não quer ter o nome divulgado.
"Somos uma clínica especializada em próteses para pessoas que sofreram algum tipo de amputação e, como o mundo todo, vimos a história do ‘mega-assalto’ e ficamos sabendo do caso do Clayton e isso nos sensibilizou muito. Por isso, vamos fazer a doação das duas próteses e ajudar em toda a reabilitação dele", disse o fisioterapeuta técnico e próteses da Bionicenter, Anderson Nolé.
"A gente vai esperar a recuperação dele no hospital, e assim que estiver tudo pronto, ele vai vir aqui para São José dos Campos, vamos fazer as próteses e todo o treinamento dele", continuou.
O custo total deste tipo de tratamento, incluindo a produção das próteses, gira em torno de R$ 40 mil. A família foi avisada diretamente pela empresa.
PARA RECOMEÇAR
Na quinta-feira (02), tendo em vista que o jovem terá dificuldades de retornar ao trabalho quando deixar o hospital e também vai necessitar de adaptações na casa onde mora para atender a sua nova condição de deficiente físico, foi aberta uma vakinha online, cujo objetivo inicial era de conseguir arrecadar R$ 15 mil. No entanto, a história de Clayton acabou sensibilizando um grande número de pessoas e a arrecadação ultrapassou R$ 35 mil.