O juiz de direito Wellington José Prates, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Araçatuba, foi preso na tarde desta quarta-feira (05), numa área de ranchos, em Barbosa, na região de Penápolis. A prisão se deu por conta do cumprimento de uma ordem de prisão preventiva, expedida contra ele pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
O mandado foi cumprido por um membro da polícia, Ministério Público e TJ. O motivo da prisão não foi informado pelo TJ-SP. Porém, Prates estava afastado de suas funções como juiz desde dezembro do ano passado. Ele respondia a um processo disciplinar por uma série de irregularidades.
Entre as situações que pesavam em desfavor do magistrado estava a ausência injustificada do local de trabalho. Segundo a apuração inicial da corregedoria do Tribunal de Justiça, na época, era comum que Prates faltar ao trabalho às quintas e sextas-feiras, e também não exercesse as funções em home office. Nestas ocasiões, os demais funcionários do Fórum faziam atividades competentes ao juiz.
Outro ponto apurado pela corregedoria é que, para emitir decisões de condenação ou absolvição, o juiz se limitaria a corrigir minutas sem consultar aos processos. Além disso, os servidores presidiam audiências judiciais e, usando o acesso digital do juiz, teriam elaborado e assinado decisões sem a conferência do magistrado.
APREENSÃO
Em busca realizada pela Polícia Civil e membros da corregedoria do TJ, no rancho do juiz, no ato da prisão, ficou constatada a prática de outros crimes, que pelo fato de não terem sido confirmados oficialmente a reportagem decidiu não divulgar quais são.
Os agentes da Polícia Civil conduziram o juiz ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, onde ele deve permanecer à disposição da Justiça.
A Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a prisão. No entanto, o órgão afirmou por meio de nota que não vai se manifestar, pois o procedimento tramita em segredo de Justiça.
(Colaborou Araçatuba em Foco)