A Justiça de Araçatuba acaba de decretar a prisão temporária de Hélio Miranda Fernandes, acusado de ter tentado matar a marretadas, na última segunda-feira (04), a ex-companheira, Silvana Rosa Gonçalves Fernandes, de 45 anos, que está internada na Santa Casa com ferimentos pelo corpo, em especial na cabeça.
A decisão pela prisão temporária foi proferida pelo juiz da 3ª Vara Criminal, Emersom Sumariva Júnior, a pedido da Polícia Civil. O magistrado destaca, em sua decisão, que existem nos autos processuais “fortes e consideráveis indícios de que, pelo menos em tese e por ora, seja o suspeito o autor do crime”. A determinação pela prisão teve manifestação favorável do Ministério Público.
Fernandes está foragido desde o dia do crime e, conforme concluir o inquérito policial em andamento, ele poderá responder por crime de feminicídio. “É de primeira evidência que a perpetração de crime de feminicídio denota personalidade inteiramente avessa aos preceitos ético-jurídicos que regem a convivência social. Pelo que, deve o juiz, sujeitar a prática ao mais severo tratamento legal”, destaca Sumariva em sua decisão.
ENTENDA O CASO
Covardemente, Silvana foi agredida pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim de um relacionamento de cinco anos, Silvana está internada desde a última segunda-feira (04) e seu quadro clínico é considerado estável, apesar dos exames aos quais ainda será submetida. Ela teve três cortes, decorrentes das marretadas que levou, costurados pela equipe médica.
O ex-companheiro, que também agrediu uma filha de Silvana, de 13 anos de idade, fugiu após seu deplorável ato de valentia. A adolescente também levou socos pelo corpo e golpes de marreta desferidos pelo ex-padrasto.
As agressões teriam começado após uma discussão. “Só escutei ela [a mãe] falando para ele [o agressor] não fazer isso. Vi ele agredindo ela na cabeça e fui para cima dele. Montei nele, dei uma joelhada na boca e ele me deu marretada na cabeça. Foi quando eu caí no chão. Tentei levantar e fui até o banheiro, mas ele deu um soco nas costas e eu bati o queixo e levei três pontos. Tranquei a porta, mas ele conseguiu arrebentar o banheiro e me agrediu mais. Dois consegui ligar para minha irmã e para a polícia”, contou a adolescente em entrevista à TV TEM e ao G1.
