A 1ª Vara Criminal de Araçatuba condenou mais 8 criminosos a penas que totalizam 575 anos e dois meses de prisão por envolvimento no assalto à empresa de valores Protege, ocorrido no dia 16 de outubro de 2017.
Na ocasião, madrugada de uma segunda-feira, o grupo fortemente armado cercou o Batalhão da Polícia Militar na cidade, causou terror pelas e explodiu o prédio da empresa, localizada até então no bairro Santana, de onde teriam levado pelo menos R$ 10 milhões em dinheiro.
Além do prejuízo à empresa e também a moradores vizinhos que tiveram suas casas danificadas por conta da explosão, o grupo, formado por pelo menos 18 pessoas conforme apurou a Polícia Civil na época, ainda praticou atos que resultaram em uma série de crimes.
Entre eles, a morte do policial civil André Luís Ferro da Silva; latrocínio tentado contra uma mulher que estava no interior de uma caminhonete nas proximidades da empresa; latrocínio tentado contra 16 policiais que ficaram cercados e recebendo tiros no interior do CPI-10, que é o comando da Polícia Militar em Araçatuba; e por incêndio e explosão qualificados.
Pelo assassinato do policial civil André Ferro e demais crimes a Justiça de Araçatuba já havia condenado, em outubro do ano passado, o assaltante Roberto Bezerra dos Santos, a pena de 82 anos e dez meses de reclusão. Punição que, somada às que foram aplicadas a mais oito réus do caso, chega a 658 anos de cadeia para parte do grupo.
Na nova sentença, proferida na semana passada, a 1ª Vara Criminal condenou Edimar Murilo da Silva Maximiano, André Luiz Pereira da França e Marco Antônio Rodrigues Antonieto a 82 anos, 10 meses e 21 dias de prisão para cada um. Ramon Alves Ornelas e Edson Januário de Souza foram punidos com 70 anos e 4 meses de reclusão cada um e Roni Alves de Oliveira a 69 anos e 27 dias. Já Wilson Evaristo Franco e Sérgio Manoel Ramos foram sentenciados a 58 anos, 4 meses e 20 dias de prisão.
De acordo com a mais recente decisão judicial, os réus Edimar, André, Ramon, Edson, Marco Antônio, Roni, Wílson e Sérgio Manoel não poderão recorrer das punições em liberdade, por entender a Justiça ser necessário manter a prisão preventiva para garantia da ordem pública, pois os crimes foram praticados com violência contra pessoas, e também para assegurar a aplicação da lei penal
Além de condenar mais 8 criminosos pelo assalto à Protege, na mesma decisão, a 1ª Vara Criminal acabou absolvendo, por falta de provas, outras duas pessoas que foram presas em decorrência da ação praticada no município em 16 de outubro de 2017: William Correa dos Santos Ferreira e Camila Pereira da Silva. Para os quais foi determinada a expedição de alvarás de soltura.
Em sentença proferida em setembro de 2020, a Justiça criminal de Araçatuba também havia condenado Luken César Burgui Augusto a uma pena de 6 meses de detenção, inicialmente em regime semiaberto, pelo crime de favorecimento à ação do grupo. No entanto, devido ao tempo de prisão cautelar imposta ao réu no decorrer do processo, a pena privativa de liberdade foi declarada extinta. Outro acusado de atuação no mega-assalto, Rogério Bezerra dos Santos, foi absolvido por falta de provas.