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#TUDONOSSO Justiça Federal solta Chinelo e mais 4 presos em Operação da PF

Grupo de 14 pessoas liderado por sindicalista foi indiciado por crimes com a administração municipal

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A Justiça Federal decidiu, nesta quinta-feira (29), colocar em liberdade os últimos cinco presos da Operação #TUDONOSSO, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 13, levando à prisão 15 pessoas acusadas de envolvimento com organização criminosa que seria liderada pelo empresário e sindicalista José Avelino Pereira, vulgo Chinelo, e responsável por desvios de dinheiro público em contratos da ordem de R$ 15 milhões firmados com a Prefeitura de Araçatuba.

O meio da tarde, o O TRF3 (Tribunal Regional Federal da Terceira Região) determinou a soltura de Chinelo e do filho dele, Igor Thiago Pereira, que estavam presos no CDP (Centro de Detenção Provisória de Hortolândia, na região de Campinas. Já no início da Noite, a Justiça Federal em Araçatuba, alegando princípio da razoabilidade, entendeu que a decisão, de instância superior, deveria ser estendida aos demais presos.

Com isso, também ganham a liberdade Thiago Henrique Braz Mendes, ex-assessor da secretaria de Governo da Prefeitura; José Cláudio Ferreira, vulgo Zé Pera, ex-diretor da pasta de Administração; e Sílvia Aparecida Teixeira, ex-diretora da secretaria de Assistência Social também ganham dinheiro a responder as acusações da PF, já revertidas em indiciamento, em liberdade. Os dois homens estavam detidos no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Independência e a mulher na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista.

Devido ao horário das decisões e os trâmites necessários para a colocação dos acusados em liberdade, competência da Secretaria de Administração Penitenciária, a previsão é que os cinco sejam soltos no decorrer desta sexta-feira.

LIBERDADE VIGIADA CONTRA INTIMIDAÇÕES

Independente de serem soltos, todos os detidos terão condições a cumprir quando estiverem de volta às ruas. Por terem conseguido liminares que os colocam de volta em liberdade, nenhum deles pode fugir dos olhos da Justiça ou mesmo cometer algum tipo de infração contra outros envolvidos no caso deflagrado pela Polícia Federal.

De acordo com as leis vigentes no país, qualquer tipo de violação de princípios, ameaças, perseguições, intimidações ou qualquer coisa que possa colocar a vida de outras pessoas em risco pode fazer com que os responsáveis sejam imediatamente reconduzidos ao cárcere, o que tornaria mais difícil a conquista de um benefício para o retorno às ruas.

LÍDER DA ORGANIZAÇÃO E SEUS ESQUEMAS

Chinelo é apontado pela PF como líder da organização criminosa que teria como integrante o filho dele e demais colaboradores. Ambos foram presos temporariamente no dia 13 de agosto, em Itatiba (SP).

Na semana passada, a Polícia Federal indiciou o sindicalista José Avelino Pereira e Igor Thiago Pereira por diversos crimes. Entre eles corrupção e falsificação de documentos. Outras 12 pessoas também foram indiciadas.

Segundo as investigações da Polícia Federal, além de ser chefe da organização criminosa, Chinelo também possuía forte influência política na região. Assim, ele indicava pessoas de confiança para ocupar cargos de livre nomeação na Prefeitura de Araçatuba. Com poder de decisão dentro de secretarias municipais, o empresário conseguia livre trânsito, articulação e informações privilegiadas relacionadas aos contratos da prefeitura.

Além disso, ele também criou um esquema de desvio de recursos públicos mediante a utilização de várias empresas registradas em nome dos sócios e familiares, que atuavam como laranjas. Chinelo, segundo a PF, faturava cerca de R$ 120 mil por mês com a movimentação de contratos da ordem de R$ 15 milhões, sendo um deles por meio do IVVH (Instituto de Valorização à Vida Humana), que faz a gestão de programas da área de assistência social do município.

Com informações do G1 e TV TEM.


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