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ADOLESCÊNCIA CRIMINOSA Justiça manda apreender menor que tinha 'fuzil' e apoiava assassinatos

Juiz da Infância e Juventude determinou recolhimento na Fundação Casa de Araçatuba por 45 dias

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A Justiça de Penápolis determinou, nesta sexta-feira (22), a apreensão, pelo prazo de 45 dias, do adolescente H.R.A., 14 anos, que na última segunda-feira (18) postou em uma página no Facebook vídeo e fotos mostrando simulacro de um fuzil, um facão enferrujado, exemplares de “soco inglês” e usando máscara parecida com a mesa que utilizou um dos autores do massacre em uma escola estadual de Suzano, que resultou na morte de dez pessoas, incluindo os assassinos.

A decisão judicial acata um pedido do Ministério Público de Penápolis, que analisou denúncia sobre apologia ao crime envolvendo o adolescente e determina que ele seja encaminhado para uma unidade da Fundação Casa em Araçatuba. O adolescente mobilizou as polícias Militar e Civil de Penápolis após a publicação do vídeo e das fotos na internet.

Aluno da escola estadual Dr. Carlos Sampaio Filho, a PM contou com a ajuda de alunos e da direção da escola para chegar até a casa do adolescente, onde apreenderam a réplica do fuzil e demais armas.

No telefone celular do adolescente, foram encontrados diversos vídeos referentes aos massacres de Suzano e da Nova Zelândia, ocorridos, respectivamente, nos dias 13 e 15 deste mês. Além de imagens da tragédia de Columbine, nos Estados Unidos, que completa 20 anos no próximo dia 20 de abril. No mesmo aparelho foram encontradas fotos de armas diversas e canivetes.

Em buscas na casa do estudante, a polícia encontrou cadernos do estudante com anotações de conho suicida. Em 2018, o adolescente, segundo destaca decisão do Justiça de Penápolis, já havia explodido uma bomba dentro de uma sala de aula na escola estadual Yone Dias de Aguiar, causando pânico e destruindo vidraças. Na época, a Polícia Civil registrou ato infracional e o rapaz confessou o ato.

No despacho do juiz Heber Gualberto Mendonça, ele destaca que, logo após o massacre de Suzano, uma estudante da escola atual do adolescente alertou a direção do colégio sobre as postagens do rapaz referente ao massacre.

O diretor da escola informou à polícia que o adolescente estava faltando frequentemente às aulas e que, embora não tivesse atitude agressiva no colégio, possuía problemas de relacionamento com a mãe e desvios de comportamento. Chegando a demonstrar desejo de construir coquetel molotov.

O adolescente também confirmou à direção da escola, que repassou as informações à polícia, que já foi usuário de maconha, consome cigarros e que tem problemas de ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.

Em razão dos relatos, a PM por acionada e se direcionou até a casa do adolescente, onde localizou o simulacro de um fuzil M626-Airsoft, dois socos ingleses, uma faca tipo canivete, um facão, o celular e os cadernos com as anotações.

Diante dos fatos, o juiz penapolense determinou a internação provisória para preservação da sociedade e do próprio infrator. Na decisão, o juiz determina que ele seja transferido, independente da indicação de vaga, para a unidade Araçá, da Fundação Casa em Araçatuba.


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