A Justiça de Araçatuba marcou para o dia seis de agosto a audiência para ouvir as 16 testemunhas de acusação daquele que ficou conhecido como Caso Mustang, no qual o empresário Luciano Justo, de Birigui, é acusado de provocar o acidente que matou o comerciante Alcides José Domingues, de 69 anos, na Avenida Brasília, em março de 2016.
Justo e outros três envolvidos no crime, acusados de tentar eliminar provas para proteger o empresário, estarão presentes na audiência.
Segundo investigações da polícia civil, Justo dirigia seu Mustang a 140 quilômetros por hora quando atingiu o carro de Domingues, que morreu na hora. Luciano Justo foi preso, mas pagou fiança de R$ 17 mil e foi liberado.
O Ministério Público sustenta que o empresário bebeu antes de dirigir e o denunciou por homicídio doloso. Imagens do circuito interno de um bar mostram que Justo passou o dia bebendo com amigos. Foram 56 chopes e três cervejas em seis horas, resultando em uma conta de R$ 524,00.
Se a tese de homicídio doloso for confirmada pela Justiça, Justo irá a júri popular. O juiz do caso é Wellington Prates, da 2ª Vara Criminal de Araçatuba.
Outra audiência deve ser marcada para que sejam ouvidas as testemunhas de defesa. Depois, serão colhidos os depoimentos dos quatro acusados.
O CASO
O acidente aconteceu na tarde do dia 12 de março de 2016. A vítima atravessava a Avenida Brasília quando o carro que dirigia foi atingido pelo Mustang a 140 quilômetros por hora.
Segundo a polícia, o Mustang do empresário possuía um dispositivo para aumentar a potência do motor.
Este equipamento, segundo as investigações, foi retirado do carro por parentes e amigos de Luciano logo após o acidente.
Um funcionário do pátio para onde o carro foi levado teria facilitado a entrada dessas pessoas para retirar o aparelho.