Polícia
INVESTIGAÇÃO JUSTIÇA PRORROGA PRISÃO DE PADRASTO E MÃE DE BEBÊ MORTA EM PENÁPOLIS

O novo pedido de prorrogação é para aguardar a chegada do laudo do IC de São Paulo que poderá comprovar se a criança foi ou não vítima de violência sexual

A Justiça de Penápolis acatou pedido da Polícia Civil e prorrogou por mais 30 dias a prisão preventiva da mãe e do padrasto suspeitos de matar a bebê Mirella, de um ano e três meses. Ela deu entrada sem vida no pronto-socorro no último dia 14 de fevereiro. As investigações prosseguem e são feitas pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), estando à frente dos trabalhos a delegada Thaísa da Silva Borges.
 

Segundo o que foi apurado, o novo pedido se deu para aguardar a chegada de um laudo do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo, para comprovar se a criança foi ou não vítima de violência sexual. A mãe de 21 anos e o padrasto, de 26, se apresentaram espontaneamente, acompanhados por um advogado, na tarde de 19 de fevereiro, em Araçatuba.


Na época, a delegada revelou que laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que, dentre as causas da morte da menina, estão trauma abdominal, laceração no fígado e hemorragia interna aguda.

 

Ainda segundo ela, as lesões teriam sido provocadas por um “instrumento contundente”, dando-se a entender que houve agressão na vítima.


Thaísa frisou que, quando o casal foi ouvido pela primeira vez, ainda no dia em que a menina foi encontrada morta, a mãe relatou que a criança tinha sido encontrada no chão, provavelmente após cair de um berço que costumava ficar. Entretanto, mesmo com a queda, existiu a suspeita de que a criança tenha sofrido algum tipo de agressão.


Isso ocasionou na formalização do pedido de prisão temporária dos envolvidos, sob a alegação de que as lesões encontradas na criança não eram compatíveis com a alegação da mãe e do padrasto, que seriam em decorrência de um tratamento médico que realizava. 
 

Além do laudo do IC da capital paulista, a DDM receberia a documentação com as informações da perícia feita no imóvel onde eles moravam com a criança. Além disso, ela ouviria a mãe, o padrasto e familiares, além de pessoas que possam servir de testemunhas, entre elas, a médica fez o atendimento no pronto-socorro e o legista do IML. O caso é investigado como homicídio qualificado, feminicídio e violência doméstica, podendo ainda ser acrescentado o crime de estupro de vulnerável, dependendo do resultado do laudo.
 

O MP (Ministério Público) acompanha o caso e aguardava a distribuição do inquérito policial para correta definição da atribuição do promotor e atuação no caso. “A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude já oficiou ao Conselho Tutelar para ter conhecimento do histórico, informações e providencias com relação à referida família, inclusive sobre eventuais outras crianças e ou adolescentes no mesmo contexto familiar”, informou. O órgão ainda destacou que acompanhará a situação dentro de suas atribuições, adotando as medidas criminais, cíveis e administrativas que foram cabíveis.

 

CRIME
A menina deu entrada no PS já sem vida. Na unidade, a médica que fez o atendimento relatou que a criança estava morta havia, pelo menos, seis horas quando foi levada, bem como apresentava marcas roxas pelo corpo. A profissional teria dito ainda que haveria sinais de violência sexual no bebê. A mãe da bebê e o padrasto estiveram no pronto-socorro.
 

A Polícia Militar foi acionada por volta das 13h30 e compareceu à unidade. A médica ainda informou que a menina, levada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros, apresentava rigidez cadavérica e lesões por todo o corpo, sendo algumas mais recentes e outras antigas, bem como ferimentos no ânus, o que aparentava violência sexual.
 

Os PMs entraram em contato com o Conselho Tutelar, sendo passado que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima. A equipe falou com a mãe e o padrasto. Eles alegaram que, por volta das 22h de domingo (13), colocaram a menina para dormir, após darem mamadeira.


Em torno das 11h30 de segunda, eles foram acordar a menina, observando que estava sem vida, acionando os bombeiros. O casal foi levado para prestar esclarecimentos e, num primeiro momento, por não haver indícios suficientes para a formalização do flagrante, liberado.


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