O laboratório que fabricava dinheiro falso e foi fechado pela Polícia Federal de Araçatuba, em Birigui (SP), era um dos maiores do Brasil, segundo a própria PF. Três pessoas foram presas durante a operação Matriz 188.
Ainda segundo a Polícia Federal, a organização era investigada há mais de um ano. Os presos possuem passagens criminais, inclusive pelo crime de moeda falsa. De acordo com a polícia, o laboratório gráfico fazia cédulas falsas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100.
A polícia calcula que foram fabricadas por essa quadrilha entre 200 a 300 mil cédulas falsas. Só na operação, foram apreendidas 80 mil cédulas, totalizando mais de R$ 2 milhões. Eles enviavam o dinheiro falso principalmente para o Rio de Janeiro e Amazonas.
Foi apreendida grande quantidade de aparatos para falsificação de moeda, como papéis, impressoras, tintas, equipamento gráfico pesado e material de acabamento.
“O grupo atuava por meio de redes sociais, WhatsApp, oferecendo as cédulas e angariando os compradores. Eles remetiam grande volume para todo o país”, afirma o delegado da Polícia Federal Frederico Rezende.
Os investigados responderão pelos crimes de moeda falsa, cuja pena é de 3 a 12 anos de reclusão e pelo delito de organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de reclusão.
O que chamou a atenção dos policiais foi a qualidade das cédulas falsas fabricadas. A organização criminosa utilizava maquinário diversificado e várias técnicas gráficas para simular os itens de segurança das cédulas verdadeiras de real.
“Eles conseguem simular vários índices de segurança, mas não todos. No alto relevo, por exemplo, como eles não usam material duradouro, ele se perde, fica liso, e a original dura anos e anos”, diz o delegado.