A Justiça condenou Silvio Gonçalves e Oliveira Júnior, de 42 anos, a 9 anos e 11 meses de prisão, em regime fechado, pela morte do empresário Ademir Dias de Aragão, que na época do crime tinha 40 anos. O assassinato ocorreu em agosto de 2018, no bairro Jussara, em Araçatuba (SP).
O julgamento ocorreu ontem (30/03), no Fórum Estadual de Araçatuba. Além do homicídio, os jurados também acataram a denúncia do MP (Ministério Público) pelos crimes de furto e receptação. Logo após encerrado o Júri, que durou cerca de 10 horas, o promotor de Justiça Adelo Pinho informou que não pretende recorrer da sentença.
De acordo com a denúncia do MP o crime pode ter tido como motivação ciúmes, uma vez que a mulher do réu havia trabalhado na fábrica de doces da vítima e o autor do crime acreditava que ambos haviam tido um relacionamento nesse período.
A decisão foi proferida pelo juiz Danilo Brait, que conduziu o Júri. Pelo homicídio a pena foi definida em 7 anos de prisão; pela receptação do revólver o réu foi condenado a mais 1 ano e 9 meses; e mais 1 ano e 2 meses por furto.
Isso porque, logo após atirar contra Ademir, o mecânico fugiu levando o celular e a carteira do empresário, na qual estavam documentos pessoais, cartões de crédito e R$ 5.350,00 em dinheiro.
O CRIME
Ademir, que também já havia atuado como árbitro de futebol, morava nos fundos da fábrica de doces dele. Após denúncia de uma vizinha, que ouviu o som dos disparos, a polícia o encontrou com ferimentos de tiros na cabeça. Mesmo levado à Santa Casa, morreu no dia seguinte ao não resistir aos ferimentos.
No mesmo dia que o empresário morreu, a polícia apreendeu o revólver calibre 38, que o mecânico havia usado. Na ocasião, a Polícia Civil identificou que a arma era produto de furto ocorrido em Birigui (SP).
Mas mesmo tendo identificado o autor dos disparos, Silvio só foi preso em 2020, pela Polícia Civil de São José do Rio Preto, numa casa em que ele estava morando, na cidade de Mirassol (SP).