Polícia
NOITE DE TERROR MEGA-ASSALTO COMPLETA UM ANO COM MAIS UM ACUSADO PRESO

Homem de 37 anos confessou participação na ação criminosa ocorrida em Araçatuba

Um ano após o mega-assalto, ocorrido em agosto de 2021, em Araçatuba (SP), mais um acusado de participar da ação criminosa que aterrorizou os moradores da cidade foi preso. Emerson Marcos Bralia, de 37 anos, foi localizado pela Polícia Militar de Belterra, no Oeste do Pará. Contra ele haviam três mandados de prisão expedidos pela Justiça Paulista.

 

Ao ser preso Bralia, que portava documentos falsos, com o nome de Marcelo de Jesus Santos, negou os crimes pelos quais é acusado. Porém acabou confessando participação, incluindo a ação criminosa ocorrida em Araçatuba. Ele foi transferido nesta terça-feira (30) para à Seccional de Polícia Civil de Santarém.

 

O acusado possui mandados de prisão em aberto por tráfico de drogas, tráfico de drogas internacional e organização criminosa.

 

A polícia investiga outros suspeitos que também teriam participado do assalto em Araçatuba, que também podem estar escondidos no Oeste do Pará.

 

De acordo com a Polícia Federal, que investiga o crime, 43 investigados foram presos e 95 mandados de busca e apreensão já forma cumpridos.

 

TERROR

A quadrilha fortemente armada que invadiu a região central de Araçatuba na noite de 29 de agosto e madrugada do dia 30, no ano passado, e deixou rastro de terror e mortes tinha como alvo agências bancárias.

 

Os bandidos atacaram a Caixa Econômica Federal, cujo prédio ficou parcialmente destruído, com caixas eletrônicos danificados e vidros todos quebrados. O valor subtraído no assalto não foi revelado.

 

No Banco do Brasil, onde funciona uma tesouraria regional, o bando também usou explosivos para ter acesso ao cofre, mas dispositivo de segurança destruiu e marcou as notas, impedindo que o dinheiro fosse levado.

 

NOVO CANGAÇO

A ação ousada foi apontada por especialistas em segurança pública como novo cangaço, por conta da forma em que os bandidos chegaram na cidade.

 

O grupo promoveu ações simultâneas, com o uso de bombas, colocando fogo em automóveis para atrasar a ação das polícias. Eles também fizeram verdadeiro arrastão, usando reféns como escudos humanos, tanto nas ruas quanto sobre o capô dos carros, usados para fuga.

MORTOS

Três pessoas morreram no dia do crime. O comerciante Renato Bortolucci, na época com 38 anos, não resistiu depois que foi baleado na rua Luiz Pereira Barreto. A polícia acredita que ele filmava a ação quando foi atingido.

 

Já o personal trainer Marcio Victor Possa da Silva, que tinha 34 anos quando foi morto, foi feito de “escudo humano” e morreu depois de ser baleado.

A terceira morte foi de um dos criminosos, atingido durante troca de tiros com a polícia.

 

Entre os feridos, o de maior gravidade foi um jovem de 26 anos, que após ser atingido por uma bomba armada com sensor de presença, teve os dois pés amputados.


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