Araçatuba
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DRAMA QUE SEGUE Menino que só tem um rim já pode retornar para casa, mas falta médico

Paulo Otávio está internado há um mês em Bauru; ausência de nefrologista pediátrico impede retorno

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Internado há um mês no Hospital Estadual de Bauru, o pequeno Paulo Otávio, de apenas cinco anos, que nasceu com apenas um rim e que depende de uma máquina para sobreviver, enfrenta um novo drama. Ele têm condições de voltar para Araçatuba, mas a falta de um nefrologista pediátrico na Santa Casa local, impede sua transferência.

Paulo Otávio ficou internado em Araçatuba por certa de 15 dias antes de ser transferido para Bauru. Na ocasião, ele precisava ser submetido 24 horas por dia a diálise, para filtragem do sangue. Só que agora esse tempo caiu pela metade e ele poderia continuar o tratamento em casa, não fossem as questões burocráticas.

O Redação e Araçatuba apurou que Paulo Otávio, que espera por um transplante renal, pode continuar a diálise de casa com ajuda de uma máquina disponível pela Secretaria de Estado da Saúde. Ocorre que, internado em Bauru, cidade que pertence a outro DRS (Departamento Regional de Saúde), a solicitação desta máquina se encontra prejudicada.

“Não sabemos mais o que fazer. Os médicos daqui de Bauru tentam contato com os de Araçatuba e até mesmo de São José do Rio Preto, mas em nenhuma cidade aceitam receber o Paulo Otávio”, explica a mãe do menino, que o acompanha na internação mesmo estando grávida de sete meses.

De acordo com Andrea Carlos Firmino, 28 anos, o filho passa, atualmente, apenas 12 horas conectado à máquina de diálise. “O restante do tempo ele fica aqui, brincando pelo hospital”, disse ela à reportagem.

Para a mãe, a transferência de Paulo Otávio para Araçatuba seria a solução para fazer com que o menino pudesse receber a máquina de diálise e continuar o tratamento em casa até encontrar um doador de rim compatível para a realização de um transplante.

“Não queremos tomar uma vaga na Santa Casa. Ele não precisa de um leito de internação. Poderia passar o dia em casa e fazer essa diálise à noite. Sem falar que isso facilitaria para a nossa família, pois a previsão é de que este equipamento chegaria a nossa casa num prazo de 20 dias, tempo que teríamos condições de fazer o treinamento para utilizá-la”, explica.

Paulo Otávio tem um irmão gêmeo, mais duas irmãs e um outro que está a caminho. A família vive em uma residência humilde no bairro Porto Real 2, que teria, inclusive, de passar por adaptações para receber o pequeno e o equipamento necessário para seu tratamento.

Por conta da situação, o pai de Paulo Otávio, que é mototaxista, não tem condições de trabalhar e a família precisa de ajuda para sobreviver. “Com nosso filho em Araçatuba, meu marino teria condições de trabalhar, pois além de mim outras pessoas da família poderiam acompanhar nosso filho nesse período curto que ele precisaria fazer a diálise”, diz Andrea.

Questionada sobre a situação do pequeno que saiu de Araçatuba em busca de sobrevivência em outra cidade, a Santa Casa informou que o hospital não pode assumir o risco de receber o paciente não tendo um profissional especializado no seu problema de saúde. No caso, um nefrologista pediátrico, preparado para tratar problemas de rim em crianças.

SERVIÇO

Quem puder ajudar a família de Paulo Otávio, pode depositar qualquer quantia em nome de:

Andréa Carlos Firmino
CPF 381.790.728-19
Agência 0281 Caixa Econômica Federal
Conta Poupança 00052892-8
O endereço da família é Rua Igor Dourado Castro, 316, Porto Real 2, Araçatuba.


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