A auxiliar de cozinha Thais Bonatti de Andrade, 30 anos, morreu na madrugada deste sábado (26), na Santa Casa de Araçatuba, onde estava internada desde a manhã de quinta-feira (24), quando foi atropelada por uma caminhonete conduzida por um juiz aposentado, na rotatória entre as avenidas Waldemar Alves e João Arruda Brasil, em Araçatuba (SP).
A assessoria de comunicação da Santa Casa informou que, apesar de todos os esforços da equipe médica do hospital, a auxiliar de cozinha não resistiu e morreu por volta das 2 horas, deste sábado (26). O irmão da vítima registrou o boletim de ocorrência comunicando a morte, na Central de Polícia Judiciária.
O corpo de Thais foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba, onde passaria por autópsia antes de ser liberado para a família. Até a publicação desta reportagem ainda não havia informação de velório e sepultamento.
A assessoria de imprensa do hospital informou na manhã de ontem (25), que a paciente passou por cirurgia de ortopedia, no final da tarde de quinta-feira (24), para correção de parte do politraumatismo sofrido, dentre os quais, traumatismo craniano. Apesar da intervenção médica, Thais permanecei em estado grave e instável.
COMOÇÃO
Na noite de ontem, familiares e amigos da auxiliar de cozinha realizaram momento de oração, pedindo pela recuperação de Thais. O movimento reuniu dezenas de pessoas ao redor do hospital, onde ela estava internada.
Thais estava a caminho do trabalho em uma bicicleta quando foi atropelada. A ciclista sofreu ferimentos graves, foi socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa.
O juiz aposentado de 61 anos, que estava na condução da caminhonete que atropelou a auxiliar de cozinha chegou a ser preso em flagrante e levado para a Cadeia de Penápolis. Mas na sexta-feira (25), pagou fiança no valor de R$ 40 mil e recebeu o benefício de responder inquérito em liberdade, após passar por audiência de custódia.
ATROPELAMENTO
De acordo com o que foi apurado pela reportagem, momentos antes do atropelamento, o juiz aposentado, havia saído de uma casa noturna e estava acompanhado de uma mulher que estava nua no interior do veículo. Segundo relatos, logo após a colisão, a mulher saiu rapidamente, recolheu suas roupas e se vestiu às pressas. A polícia informou que ele estava embriagado.
O juiz e a mulher que estava com ele no veículo foram conduzidos a Delegacia Seccional da Polícia Civil. Ele foi autuado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e embriaguez ao volante. Já a mulher que estava com ele no veículo foi liberada após prestar depoimento.
O caso que inicialmente foi registrado como lesão corporal culposa, deve agora passar a ser tratado como homicídio culposo na direção de veículo automotor.
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