O Ministério Público Estadual (MP) pediu, nesta quarta-feira (22), a prisão de Paulo Henrique Messa, acusado de ajudar Marcos Yuri Amorim e Roberto Carlos Oliveira a ocultar o cadáver da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, em Ilha Solteira (SP). A estudante foi vista pela última vez no dia 12 de junho, data que a polícia acredita que ela também tenha sido morta.
Marcos Yuri, que era namorado da jovem, e o policial ambiental da reserva, Roberto, considerado amante de Marcos Yuri, foram denunciados por feminicídio e estão presos. Carmem cursava zootecnia na Unesp de Ilha Solteira.
Outras duas pessoas, sendo um amigo de infância de Yuri, Wellington Fernando Ramires Adorno, a ex-namorada dele, Estephane Pereira Guimarães, foram indiciadas pela polícia.
De acordo com o site g1, com a denúncia, a promotora de Justiça, Laís Bazanelli Marques Deguti, pediu a decretação da prisão preventiva de Paulo Henrique por considerar que ele ajudou a destruir as provas referentes ao processo e colaborou na ocultação do cadáver.
Ele não foi localizado pela polícia até a última atualização desta reportagem e é considerado foragido. A pedido do MP, tanto Estephane quanto Wellington respondem a um processo separado, em liberdade.
O delegado responsável pela investigação, Miguel Rocha, explicou que Paulo tem antecedentes criminais, inclusive por homicídio, furto e tráfico de drogas.
Conforme a denúncia apresentada pelo MP, o namorado de Carmem, Marcos Yuri, encontrou com Paulo no sítio, onde combinaram a ocultação do corpo. Na sequência, imagens de câmera de segurança mostram que Yuri sai de moto, com um galão vazio, vai até ao posto e enche de combustível.
Após abastecer, Marcos Yuri então retorna ao sítio de Paulo e, juntos, vão de barco até a propriedade de Marcos Yuri. A dupla, então, coloca no barco o corpo de Carmen, o instrumento utilizado no crime e a bicicleta elétrica para ocultar as provas.
O Ministério Público também aponta que os envolvidos alteraram a cena do crime e eliminaram provas digitais para dificultar as investigações. Agora, cabe à Justiça decidir se aceita ou não a denúncia.
