O Ministério Público Estadual de Meio Ambiente quer saber como a Prefeitura de Araçatuba está atuando em favor da proteção animal. Através de ofício, o órgão deu 10 dias, a partir da entrega do documento, para que a administração pública apresente explicações sobre temas como programa de castração, vacinação, e encaminhamento dado para animais errantes, em situação de rua.
A decisão de citar a Prefeitura ocorreu depois do MP receber denúncia feita pelo ativista Rosaldo de Oliveira e o vereador Luís Henrique Boatto (MDB). Eles tomaram como base as leis federal, estadual e municipal de proteção animal para apontar a inexistência de políticas públicas eficientes nesse campo em Araçatuba.
“Em mais de duas décadas lutando pela causa animal não vejo atuação convincente no município. Mesmo tendo estrutura física e humana, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), por exemplo, não tem eficiência nos cuidados da saúde dos animais que chegam até o local”, exemplificou o ativista.
Para Oliveira, cuidar da saúde animal também é cuidar da saúde da população. Por isso, na opinião dele, parcerias com instituições de ensino poderiam diminuir e muito o impacto nesse campo.
Ele chama a atenção sobre doenças como, por exemplo, a leishmaniose e a raiva, que poderiam ser evitadas com a adoção de medidas simples de controle populacional de cães e gatos.
O ativista alega que a falta de atenção com os animais de grande porte na área urbana afeta até mesmo a segurança do cidadão, a medida que podem ser causadores de acidentes quando soltos de maneira indiscriminada em ruas e avenidas.
“Infelizmente, quem paga um preço muito alto por essa omissão são os animais, os quais, sem vozes, somente podem contar com nossa boa vontade de defende-los”, completou o ativista no documento entregue ao MP.
O OUTRO LADO
A reportagem do 018 News mandou vários questionamentos sobre o assunto para a assessoria de imprensa da Prefeitura. Mas, até o fechamento dessa reportagem não obteve resposta.