A população de Birigui enfrenta, desde esta segunda-feira (22), um novo capítulo da grave crise que atinge a Saúde no município. Médicos do Pronto-Socorro Municipal entraram em greve por estarem há mais de 80 dias sem receber salários.
Pelo período em atraso indicado pelos profissionais, trata-se de um problema que se arrasta desde o final da gestão do ex-prefeito Cristiano Salmeirão (PSDB). Uma herança que tem contribuído para fazer com que a gestão do atual chefe do Executivo, Leandro Maffeis (PSL), sofra questionamentos sobre os serviços de Saúde prestados à população.
Após ter que fazer acordo para pagar dívidas com a OSS (Organização Social de Saúde) Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Birigui, que fazia gestão de uma série de serviços no município, Maffeis se depara com um novo problema que precisa de solução rápida, uma vez que o PS Municipal é a porta de entrada, na Saúde Pública da cidade, dos casos de urgência e emergência.
Na semana passada, médicos que atuam em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) também fizeram greve por conta de atraso nos salários. Eles retornaram às atividades após fazerem acordo com a administração municipal
No caso dos médicos do Pronto-Socorro, eles estão atendendo apenas casos de urgência e emergência que chegam à unidade, além de pessoas com sintomas de Covid-19. Os pacientes passam por triagem e o caso é avaliado para que seja atendido ou encaminhado para outra unidade.
O comunicado da greve foi protocolado no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. A Prefeitura informou, por meio de nota, que a Secretaria de Negócios Jurídicos notificou o Instituto São Miguel Arcanjo, contratado emergencialmente para gerir os atendimentos médicos do Pronto-Socorro, para que faça a substituição dos médicos e retome os atendimentos o quanto antes. Caso a empresa não resolva a situação, será penalizada pelo município.
A nova greve se iniciou três dias após o prefeito Leandro Maffeis anunciaro nome nome da nova secretária de Saúde de Birigui. A pasta passou a ser comandada pela enfermeira e cirurgiã-dentista Cássia Rita Santana Celestino, que possui 25 anos de carreira na área de Saúde Pública. A profissional que ocupava a função anteriormente pediu exoneração do cargo.