A Polícia Federal de Araçatuba (SP) concluiu o inquérito da Operação #Tudo Nosso, que foi deflagrada em agosto do ano passado para investigar irregularidades em contratos da gestão pública municipal com organizações sociais.
Nesta semana, a delegada da Polícia Federal, que coordenou o inquérito, encaminhou para a Justiça Federal o relatório final das investigações, com o indiciamento de 21 pessoas envolvidas nas irregularidades.
Entre elas, ex-secretários municipais, servidores e José Avelino Pereira, conhecido como Chinelo e apontado pela polícia como o chefe do esquema. A defesa de Chinelo disse à TV TEM que está analisando o relatório policial, mas afirmou que o cliente é inocente.
O trecho das investigações no qual o prefeito de Araçatuba, Dilador Borges, foi citado será remetido para o Tribunal Regional Federal (TRF), que é o órgão que tem competência para investigar pessoas com foro privilegiado. No inquérito, que já foi para a Justiça Federal, ele não é investigado.
Por nota, a Prefeitura de Araçatuba disse que, pautada na forma que as investigações foram conduzidas, com impressões da autoridade policial, já era esperado o contexto do seu relatório final, curiosamente apresentado em meio de uma campanha eleitoral, como observou o juiz de direito do caso.
O Executivo também informou que, contrariando a decisão do Tribunal Federal Regional, a autoridade policial suscitou dúvida sobre qual juiz deve assumir o caso, sugerindo a remessa do inquérito.
Por fim, a prefeitura alegou que confia no Ministério Público, titular da ação penal, e no Poder Judiciário, diante da certeza da inexistência de ilegalidade envolvendo a municipalidade.