A Polícia Federal deflagrou, nesta terça (22), mais uma fase da operação que investiga o mega-assalto ocorrido em Araçatuba, no fim de agosto do ano passado. Desta vez, a operação contou com auxílio da ROTA, da PM, que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão em Hortolândia (SP), Sumaré (SP) e São Paulo (SP).
De acordo com a PF, dois homens foram presos e um deles integrava o núcleo central da organização criminosa e atuou diretamente no roubo, operando um maçarico usado para romper obstáculos até a sala do cofre do Banco do Brasil e romper a porta dos cofres que dava acesso direto ao dinheiro.
"Após detidas análises e confrontações dos elementos de informações amealhados desde a data do crime, a Polícia Federal representou ao Judiciário pelas prisões e mandados de busca e identificação criminal, sendo eles deferidos pela Justiça Federal em Araçatuba (SP)", disse para a polícia, em nota.
Desde que o crime aconteceu, 37 pessoas foram presas e 84 mandados de busca e apreensão foram cumpridos até agora.
O CRIME
O mega-assalto em Araçatuba aconteceu entre os dias 29 e 30 de agosto de 2021 e terminou com dois inocentes e dois suspeitos de participarem do crime mortos. Os bandidos invadiram o centro da cidade e usaram armamento de grosso calibre para fechar o centro e assaltar duas agências bancárias.
Os bandidos ainda deixaram explosivos espalhados em pelo menos 20 pontos do centro da cidade. Uma delas foi detonada e feriu um homem de 25 anos. Agentes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foram chamados de São Paulo para desarmar os artefatos.
O centro da cidade ficou fechado por dois dias, as aulas foram suspensas e o transporte público paralisado na região central da cidade.
Apesar de a ação ter sido cinematográfica, o roubo foi considerado informalmente um fracasso, já que o cofre maior de um dos bancos acionou um sistema moderno de segurança, picotou e manchou as notas que seriam roubadas. O valor levado pelos bandidos não foi nem 30% do planejado pelos criminosos.