A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (16), nova fase da operação que investiga o mega-assalto ocorrido em Araçatuba dia 30 de agosto deste ano.
Mais de 90 policiais federais, com o apoio operacional da Polícia Militar (Rota e Baep) cumpriram 16 mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão em Araçatuba (SP), São Paulo (SP), Osasco (SP), Santo André (SP), Guarulhos (SP), Monte Mor (SP) e Foz do Iguaçu (PR), todos expedidos pelo juízo da 1 º Vara Federal da Subseção Judiciária de Araçatuba. Ao todo, 15 pessoas foram presas e uma continua foragida.
A PF investiga o caso usando análise de material genético para identificar os autores do roubo.
"Por meio de perícia em parte do material coletado no local do crime foi possível identificar o perfil genético de um dos autores dos crimes hediondos investigados. Com base nesta análise, após representação da Polícia Federal, o suspeito, que já era apontado como líder de organização criminosa, especializada em roubos a carros-fortes, teve sua prisão decretada pela 1ª Vara Federal de Araçatuba/SP. O mandado de prisão em questão foi cumprido no dia 09 de dezembro, no estabelecimento prisional em que o suspeito já se encontrava, uma vez que, após a prática do roubo, foi preso pela prática de outro crime", informou a polícia, em nota.
Antes do desencadeamento da ação desta quinta-feira, a PF já havia realizado a prisão de 17 pessoas envolvidas nos crimes e cumprido 53 mandados de busca e apreensão. Até agora, 32 pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento no assalto.
ENTENDA O CASO
O mega-assalto em Araçatuba aconteceu entre os dias 29 e 30 de agosto de 2021 e terminou com dois inocentes e dois suspeitos de participarem do crime mortos. Os bandidos invadiram o centro da cidade e usaram armamento de grosso calibre para fechar o centro e assaltar duas agências bancárias.
Os bandidos ainda deixaram explosivos espalhados em pelo menos 20 pontos do centro da cidade. Uma delas foi detonada e feriu um homem de 25 anos. Agentes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foram chamados de São Paulo para desarmar os artefatos.
O centro da cidade ficou fechado por dois dias, as aulas foram suspensas e o transporte público paralisado na região central da cidade.
Apesar de a ação ter sido cinematográfica, o roubo foi considerado informalmente um fracasso, já que o cofre maior de um dos bancos acionou um sistema moderno de segurança, picotou e manchou as notas que seriam roubadas. O valor levado pelos bandidos, segundo fontes extraoficiais, não foi nem 30% do planejado pelos criminosos.