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A Polícia Ambiental de Araçatuba aplicou R$ 351 mil em multas a 51 pessoas que foram flagradas no último domingo (18), em um sítio no assentamento agrário Chico Mendes, assistindo ou participando de uma rinha de galas. 74 aves foram apreendidas no local.
De acordo com a Polícia Ambiental, o maior valor da punição pecuniária foi aplicado no dono do sítio, uma vez que ele foi apontado como dono da maioria das aves que foram apreendidos. Pessoas que estavam no local apenas assistindo às competições criminosas de brigas de galos também foram multadas em R$ 3 mil cada uma.
A operação que resultou numa das maiores apreensões de galos de briga em Araçatuba e com elevado número de pessoas autuadas teve a participação de 17 policiais. Eles chegaram ao sítio por meio de barcos, pelo rio Tietê, e também por terra, em viaturas. O helicóptero Águia deu apoio, localizando do ar, participantes da rinha que tentaram fugir ou se esconder em áreas de mata e pastagem.
As pessoas que foram autuadas deverão responder por crime ambiental, constando os maus tratos a animais em suas fichas de antecedentes criminais. Aqueles que não pagarem as multas, podem ter os nomes inclusos na dívida ativa do governo estadual e até mesmo ter bloqueios de bens para que as penalidades sejam quitadas.
GALOS SEM DESTINO
Até a tarde desta segunda-feira (19), os 74 galos apreendidos no local da rinha não tinham uma destinação definida. Ele permaneciam no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Araçatuba, para onde foram levados no domingo.
A Polícia Ambiental tenta encontrar criadores de aves ou pessoas interessadas em ficar como tutores dos galos até que eles venham a morrer por conta da idade. Isso porque, devido à quantidade de hormônios e esteroides aplicados para que as aves adquirissem resistência física para suportar as brigas, elas não podem nem mesmo ser destinadas ao consumo humano.