Polícia
INVESTIGAÇÃO POLÍCIA FAZ RECONSTITUIÇÃO DO DUPLO HOMICÍDIO EM ARAÇATUBA

Filho é acusado de encomendar a morte da mãe e do padrasto; três pessoas foram presas

A Polícia Civil de Araçatuba fez, nesta quarta-feira (18), a reconstituição do duplo assassinato de Magali Cantarani Poletti e o padrasto, Lourival Aparecido Poletti, ocorrido durante a madrugada de sábado (14), na casa do casal. O crime aconteceu no Jardim TV.

 

Peritos simularam toda a cena do crime para esclarecer como foi o caso. As vítimas foram assassinadas a pauladas pelo filho, um homem de 36 anos, apontado como o mandante. Ele contratou outro rapaz, que também ajudou a matar as vítimas.​​

 

Os corpos das vítimas foram encontrados na garagem da casa, ainda durante a madrugada de sábado.

 

MEDICAMENTOS

O delegado José Abonízio, responsável pelas investigações do duplo homicídio registrado no fim de semana, deu detalhes ao sbtinterior.com sobre o crime. De acordo com ele, o filho tentou matar a mãe e o padrasto colocando os medicamentos controlados Clonasepan e Diasepan no suco do casal antes de decidir, junto com um amigo, matá-los a pauladas.

 

"O filho, segundo a gente apurou, havia colocado remédios controlados em uma quantidade absurda no suco do casal para que eles tivessem ataques cardíacos. Isso não aconteceu, mas as vítimas ficaram sonolentas, o que facilitou a execução delas".

 

Ainda de acordo com Abonízio, o filho fez o pagamento de R$ 700 em dinheiro para o outro autor do crime na garagem de casa, minutos antes de os pais serem mortos.

 

"Ele estava em casa se comunicando com o outro envolvido pelo celular, que estava do lado de fora, quando houve uma discussão entre as vítimas. Depois que essa discussão terminou, o filho abriu o portão para o autor que ia ajudá-lo na execução e fez o pagamento de R$ 700 em dinheiro na garagem da casa. O autor ficou escondido no local e, na hora em que o padrasto deitou no sofá da sala e apagou a luz, ele invadiu e começou a matar a vítima com um cabo de machado".

 

A motivação do crime seria o fato de que a mãe e o padrasto não aceitavam a homossexualidade do homem. Outro motivo seria que as vítimas não deixavam o filho sair de casa durante a noite para ir a festas e outros eventos.

 

TERCEIRA PESSOA ENVOLVIDA

Uma terceira pessoa foi presa durante o fim de semana, suspeita de envolvimento no crime. A suspeita é uma mulher de 40 anos, que trabalhava com o amigo do filho e autor do crime.

 

"Há mais de uma semana, ela vinha auxiliando o homem contratado a realizar determinados comportamentos, determinadas atitudes, visando a confecção do crime e visando também tirar a responsabilização de uma eventual apuração da polícia. Além disso, ela prestou efetivamente apoio material ao entregar os remédios controlados para esse homem contratado que, por sua vez, passou para o filho do casal. Ela também iria, segundo as investigações, ajudar o homem contratado a fugir após eles retirarem os corpos da casa, algo que não aconteceu".


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