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SÓ FALTOU O RINGUE Político de Araçatuba 'sai no soco' com advogado em salão de beleza

Briga aconteceu no sábado (25), dentro de um conceituado estabelecimento; ato pode dar até cassação

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Um político de Araçatuba, no exercício de seu mandato e que não concorre a cargo eletivo nas eleições deste ano, saiu, literalmente, no soco contra um advogado dentro de um renomado salão de beleza da cidade. A briga aconteceu no último sábado (25), e o site Araçatuba e Região obteve informações de pessoas que presenciaram o ocorrido e ouviu o advogado na última segunda-feira (27). Ele pediu para não ser identificado e, inicialmente, tentou passar a impressão de que desconhecia o fato. O profissional do direito só falou sobre o assunto quando a reportagem disse que já tinha informações sobre o que aconteceu. “Isso (a animosidade com o referido político) já vem de muito tempo”, disse, sobre os atritos que têm com o político que o agrediu a soco, causando ferimento que chegou a espalhar sangue pelo salão de beleza.

Motivo para preservar nomes

O Araçatuba e Região vai preservar os nomes dos envolvidos na briga por motivos editoriais. Primeiro, porque o advogado ferido com o soco optou por não registrar, até o momento, boletim de ocorrência sobre o fato. Segundo, porque o acusado de ter cometido a agressão se trata de uma pessoa no exercício de um importantíssimo mandato, mas que tem por costume tentar cercear o trabalho da imprensa por meio de processos judiciais ou questionamentos policiais. O que demonstra sua fraqueza e despreparo para lidar com assuntos que não o agradam.

Já circula pelas redes sociais

Apesar de o site Araçatuba e Região optar pela preservação do nome dos envolvidos na briga que teve como ‘ringue’ um tradicional salão de beleza da cidade – onde o político agressor costuma dar um trato nas unhas dos pés e das mãos, além de cortar o cabelo –, o assunto já é discutido em redes sociais, onde apelidos, sempre relacionados a esportistas que fizeram sucesso nos ringues nacionais e internacionais são dados, especialmente, ao agressor. Ele tem parte do nome “shipada” com outras de lutadores brasileiros que fizeram sucesso dentro e fora do País.

Para a população refletir

A briga de um político que exerce cargo para o qual foi eleito pelos araçatubenses, com um advogado que, diga-se de passagem, já foi seu aliado num passado não muito distante, serve, ao menos, para que a população de Araçatuba reflita sobre os políticos que escolhe para lhe representar quando estes chegam ao Poder. Mostra que pouco importa as habilidades em fazer isso ou aquilo. Melhorar a cidade aqui ou ali. E o principal, se colocar como exemplo de pessoa honesta, responsável e preocupada com o gasto do dinheiro público ou qualquer outra coisa relacionada à gestão administrativa.

O que vale é o caráter

O que importa de verdade é a formação do caráter desses políticos, o exemplo que dão para a população de uma cidade. Feitos que caem por terra quando praticam atos deploráveis como os protagonizados no último fim de semana no interior do salão de beleza. Situação que causou constrangimento aos donos do estabelecimento, funcionários, clientes e todo o povo de uma cidade que espera de seus políticos retidão não apenas no exercício dos mandatos, mas principalmente na condução de suas vidas. Até porque, em se tratando de pessoas públicas, o que acontece nas suas particularidades também é de interesse popular, em especial quando determinadas condutas destroem os conceitos da ética e da moralidade.

Quebra de decoro e cassação

A briga envolvendo o político que saiu no soco com um advogado no último sábado, se denunciada à Câmara, pode render complicações ao agressor. Legislação municipal e o Decreto Lei 201/67 classificam como infração político-administrativa: “Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”. Tanto a lei municipal quanto o decreto, que vale em todo território nacional, são claros sobre quem pode levar o caso ao Legislativo: “A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição dos fatos e a indicação das provas”. Isso, se o Legislativo quiser instaurar procedimento investigatório, pode resultar até na cassação do mandato do político “brigão”.


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