O presidente da Acia (Associação Comercial de Industrial de Araçatuba), Wilson Marinho da Cruz, 85 anos, morreu no início da noite desta terça-feira (14), na Santa Casa de Araçatuba, para onde foi levado após passar mal em sua casa. O corpo dele está sendo velado na capela da funerária Cardassi, na avenida da Saudade. O sepultamento está marcado para às 17h, desta quarta-feira (15), no Cemitério Jardim da Luz.
A informação é de que Marinho estava com a saúde debilitada devido a uma forte infecção urinária, tratada com antibióticos fortes. Ele foi levado ao hospital depois de sentir-se mal. Já na Santa Casa, teve uma parada cardíaca, que mesmo com todo o esforço da equipe médica, não foi revertida.
“Seu Wilson”, como era chamado, estava à frente da Associação Comercial de Araçatuba há 26 anos, desde 1997. Como presidente da entidade comandou diversas missões buscando o intercâmbio comercial com outros países, em especial com a África do Sul, onde esteve por algumas vezes.
Marinho também ocupou o cargo de secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Araçatuba, na gestão do prefeito Jorge Maluly Neto (falecido), que governou Araçatuba entre os anos de 2001 a 2008.
Embora externasse sentimento de entusiasmo quando falava de Araçatuba, Marinho era nascido em Floreal (SP). Ele morava na cidade desde os 16 anos, quando mudou-se com os pais. Em 2018 recebeu o título de cidadão araçatubense, conferido pela Câmara Municipal.
A vida profissional de Marinho sempre esteve ligada ao comércio e indústria, setor que chegou a se aventurar com uma pequena indústria de calçados. Foi funcionário de estabelecimentos tradicionais como as extintas Casa Geraldi e Arapuã. Mas as melhores lembranças vinham de sua adolescência quando atuou como engraxate e vendedor de pipoca e amendoim, no cinema da cidade, para ajudar na renda de sua família.
AMAVA A VIDA
Ao longo dos anos em que esteve à frente da Acia é difícil apontar quem passou pelo local e não tomou pelo menos um café na sala dele, onde a conversa era animada e cheia de lembranças de Araçatuba.
Sempre foi visível a paixão de “Seu Wilson” pela vida. Nem mesmo em momentos quando sua saúde esteve bem frágil, tendo ele passado por uma amputação, não perdeu esse entusiasmo. “O importante é estar vivo. Terei algumas limitações, mas se essa é a maneira encontrada pelos médicos para me manter vivo, que seja bem-sucedida”, sentenciou na primeira entrevista ao deixar o hospital, em conversa com a jornalista Silvia Helena, publicada na época no jornal FOLHA DA REGIÃO.
Desde então, passou a contar com o apoio constante da esposa Leonor Tavares Marinho, sua companheira por 58 anos, mantendo-se sempre presente em todas as agendas, na cidade.
Além de dona Leonor, Wilson Marinho deixa os filhos Wilson Marinho Júnior, Antônio Carlos Marinho (Cacá) e Ana Cláudia Marinho, além de sete netos.