O TRF3 (Tribunal Regional Federal da Terceira Região) determinou na tarde desta quinta-feira (29) a soltura do empresário e sindicalista, José Avelino Pereira, vulgo Chinelo, e do filho dele, Igor Thiago Pereira, que estavam presos no CDP (Centro de Detenção Provisória de Hortolândia após serem detidos, junto a mais 13 pessoas, durante a Operação #TUDONOSSO, da Polícia Federal, que investiga organização criminosa suspeita de desviar dinheiro público da Prefeitura de Araçatuba por meio de licitações fraudadas.
Chinelo é apontado pela PF como líder da organização criminosa, que teria como integrante o filho dele e demais colaboradores. Ambos foram presos temporariamente no dia 13 de agosto, em Itatiba (SP).
Contudo, a Justiça converteu a prisão deles em preventiva três dias depois e eles permaneceram à disposição da Justiça no Centro de Detenção Provisória de Hortolândia (CDP).
Na semana passada, a Polícia Federal indiciou o sindicalista José Avelino Pereira e Igor Thiago Pereira por diversos crimes. Entre eles corrupção e falsificação de documentos. Outras 13 pessoas também foram indiciadas.
Segundo as investigações da Polícia Federal, além de ser chefe da organização criminosa, Chinelo também possuía forte influência política na região.
Assim, ele indicava pessoas de confiança para ocupar cargos de livre nomeação na Prefeitura de Araçatuba. Com poder de decisão dentro de secretarias municipais, o empresário conseguia livre trânsito, articulação e informações privilegiadas relacionadas aos contratos da prefeitura.
Além disso, ele também criou um esquema de desvio de recursos públicos mediante a utilização de várias empresas registradas em nome dos sócios e familiares, que atuavam como laranjas. Chinelo, segundo a PF, faturava cerca de R$ 120 mil por mês com a movimentação de contratos da ordem de R$ 15 milhões, sendo um deles por meio do IVVH (Instituto de Valorização à Vida Humana), que faz a gestão de programas da área de assistência social do município.
Com informações do G1 e TV TEM.