Será velado a partir das 8h deste sábado (17), em Araçatuba, o corpo do professor Ronei Paulo Ingrati, 42 anos. Ele dava aulas de biologia e física no colégio Nossa Senhora Aparecida e morreu no último dia 8, vítima de um infarto fulminante, em Roma, na Itália.
O professor estava na cidade italiana com um grupo de colegas de trabalho do colégio, participando das celebrações de beatificação da Madre Clélia Merloni, fundadora do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, mantenedor das escolas da rede existentes nos estados de São Paulo e Paraná.
Ronei sofreu o infarto fulminante durante o jantar. Os amigos que o acompanhavam não tiveram tempo de prestar nenhum tipo de socorro. Ele dava aulas para turmas do colégio Nossa Senhora Aparecida há pelo menos três anos. Não era casado e não tinha filhos.
Nesta quarta-feira (14), a direção do colégio em Araçatuba publicou no site da instituição nota de pesar lamentando a morte do professor. Nela, constam as informações de que a chegada do corpo ao Brasil deverá ocorrer nesta sexta-feira (16). O velório será na capela da funerária Cardassi, na avenida Saudade, das 8h às 17h, e o sepultamento acontecerá no mesmo dia, no cemitério Jardim da Luz.
De acordo com João Paulo Ingrati, irmão do professor Ronei, o corpo chega de avião em São Paulo e será transportado até Araçatuba por carro funerário. Ele disse ao site Araçatuba e Região que a seguradora do pacote de viagem adquirido pelo professor estava cuidando dos trâmites burocráticos para o translado. Representantes italianos do instituto mantenedor da Rede Sagrado também estão prestando assistência aos familiares.
Ronei viajou para a Itália com integrantes da escola em Araçatuba para, além de prestigiar as atividades de beatificação da madre fundadora do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, realizar o sonho de conhecer o país, em especial a cidade de Roma.
O MILAGRE DA MADRE
Madre Clélia, fundadora do instituto que mantém atividades em 15 países, foi beatificada pelo papa Francisco, formalmente, em janeiro deste ano. O professor e demais funcionários do colégio de Araçatuba foram para Roma acompanhar os cerimoniais da beatificação.
Conforme registros da Igreja Católica, Madre Clélia salvou a vida do médico Pedro Ângelo de Oliveira Filho, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em 20 de março de 1951. O paciente estava internado na Santa Casa daquela cidade com diagnóstico de Síndrome de Landry, hoje conhecida como Guillain Barré.
Na ocasião, o médico já estava com a musculatura do corpo paralisada, prejudicando sua respiração. Após receber de um profissional que o tratava a informação de que poderia ter apenas mais uma noite de vida, a esposa do paciente recorreu às preces de uma freira do próprio hospital.
Esta pessoa apresentou à esposa a oração de Madre Clélia e dado a ela um fiapo das vestes da religiosa. A mulher do médico, então, colocou a relíquia em um copo com água e aos poucos fez com que o marido bebesse. Naquela mesma noite, o paciente apresentou melhoras e dias depois saiu do hospital, sem sequelas.
Os próprios médicos, na ocasião, apontaram o fato como um milagre. O doutor Pedro Ângelo só veio a falecer em 25 de setembro de 1976, após sofrer uma parada cardíaca. Coincidentemente, um problema no coração, como acaba de acontecer com o professor do colégio Nossa Senhora Aparecida.
PUBLICAÇÃO FEITA PELO COLÉGIO NOSSA SENHORA APARECIDA: