O vereador Cláudio Henrique da Silva (PMN) protocolou na Câmara de Araçatuba, nesta segunda-feira (20), projeto de lei que denomina o Calçadão da rua Marechal Deodoro, na região central da cidade, como Sargento Júlio César Delfino, que morreu durante operação de combate a incêndio que destruiu uma loja existente no corredor de compras.
A proposta de denominação do conhecido Calçadão da Marechal foi formalizada após o parlamentar receber informações de que a via pública não tem um nome estabelecido por força de lei. E também por não ter um outro logradouro municipal que leva o nome do policial militar, morto de forma trágica no dia 13 de abril.
“Todos nós conhecemos aquele local como Calçadão da Marechal. Só que não tem uma denominação, até onde nos foi informado pela própria Prefeitura e a Câmara, estabelecida por meio de uma lei. Sendo assim, não nos custa prestar esta homenagem a um profissional que morreu tentando controlar um gravíssimo incêndio que poderia ter vitimado muitas outras pessoas”, observa o vereador ao falar sobre o assunto ao 018 News. “Entendemos que o corredor de compras, o mais importante da cidade, continuará sendo conhecido como Calçadão da Marechal, só que com um nome concedido de forma justa a um profissional que deu sua vida naquele local para salvar outras pessoas. Da mesma forma que poderemos continuar chamando o espaço de Calçadão da Marechal, nada impede que a população também o passe a chamar de Calçadão Sargento Delfino. O que mais nos importa é prestar uma honraria justa a um bravo homem que ali sucumbiu no exercício da sua brilhante profissão”.
Casado e pai de duas filhas, o terceiro sargento do Corpo de Bombeiros, Júlio César Delfino, que morreu em trabalho aos 35 anos, não conseguiu escapar de uma barreira de fogo e escombros, após um desabamento, quando tentava conter o incêndio no interior do estabelecimento.
Ele foi encontrado em estado de parada cardíaca nos fundos do imóvel, dentro de um banheiro, horas depois do incidente. Colegas de profissão relataram ao 018 News que o bombeiro cumpriu a risca todos os procedimentos para tentar assegurar a própria vida em uma situação extrema, como a que se deparou após ficar preso em meio a paredes de fogo no interior da loja de variedades que ficou completamente destruída.
Além do sargento Delfino, também ficou gravemente ferido o tenente Alex Silva de Abreu, de 32 anos, que teve parte do corpo queimada. Ele foi socorrido com vida e, apesar da gravidade do quadro, segue em tratamento, após ter sido transferido para hospital especializado na cidade de Bauru.