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Alvo de uma CP (Comissão Processante) instalada pela Câmara de Birigui para analisar pedido de cassação do seu mandato, após agredir com uma cabeçada o advogado Milton Walsinir de Lima, o vereador Leandro Moreira (Republicanos), pode se livrar de qualquer punição e ainda assim participar das eleições municipais deste ano caso leve em consideração renunciar ao atual mandato parlamentar que exerce no Legislativo.
A agressão praticada por Leandro contra o advogado, na recepção do Legislativo, em pleno horário de sessão, causou repercussão nacional e virou caso de polícia, uma vez que Milton Lima caiu após sofrer a cabeçada desferida pelo vereador, com um corte na região do olho esquerdo.
Câmeras de filmagem da própria Casa de Leis registraram a agressão e, por princípios óbvios, Leandro Moreira, se decidir enfrentar a CP, tende a perder o cargo de vereador se os parlamentares José Roberto Merino Garcia, o Paquinha (MDB); Luiz Roberto Ferrari (DEM) e Eduardo Fonseca de Luca (PT) – integrantes da comissão que investiga o caso – resolverem deixar o corporativismo de lado e apresentar um plenário um relatório favorável à cassação do parlamentar.
Pelas imagens contidas no próprio sistema de monitoramento da Câmara de Birigui, não há nada que justifique o que Leandro Moreira praticou contra o advogado. São fortíssimas as evidências de quebra de decoro parlamentar, um dos quesitos necessários por lei para a cassação do mandato de um político.
E neste caso, tentar apresentar argumentações fracas na tentativa de convencer os colegas de Câmara de que agiu impulsivamente, por ter sido ou não provocado, pode acabar piorando a situação, uma vez que a tendência é, durante os 90 dias em que as investigações se estenderão, a pressão popular deverá pesar contra a continuidade do parlamentar do Republicanos continuar esquentando cadeira no Legislativo de Birigui.
A reportagem do site 018 News ouviu advogados especializados em direito eleitoral e eles acreditam que a renúncia ao mandato pode, sim, livrar Leandro Moreira de uma eventual cassação, o que pode lhe deixar inelegível por um longo período.
E mais: abrindo mão do cargo de vereador dentro do período de investigações da CP, Leandro acabaria tornando as apurações sem efeito na Câmara de Birigui. E ainda sairia, em tese, “limpo” para tentar se eleger a um novo mandato.