O serviço de ampliação da usina geradora de oxigênio da Santa Casa de Araçatuba foi concluído e o módulo já opera para atender demanda crescente do hospital. O investimento financeiro para essa ampliação ficou em torno de R$ 1,6 milhão e elevou a produção de 90 metros cúbicos/hora para 150 metros cúbicos/hora. O recurso usado foi da própria entidade.
O administrador do hospital, Mauro Inácio da Silva, explicou que com a ampliação de serviços e quantidade de leitos e tempo de utilização desses leitos, a produção da usina existente se tornou insuficiente para atender as necessidades do complexo hospitalar, cuja maior demanda por oxigênio e gases medicinais é gerada pelas Unidades de Terapia Intensiva.
A decisão de fazer o investimento se deu quando, nos meses de março e abril deste ano houve um pico de consumo, por conta da pandemia causada pelo coronavírus, e a entidade se viu obrigada a comprar oxigênio de empresas especializadas para atender a demanda que chegou a 160 metros cúbicos/hora.
Silva pontuou que antes da pandemia a Santa Casa de Araçatuba dispunha de quatro UTI´s, sendo elas UTI Geral, UTI Coronariana, UTI Neonatal e Pediátrica e UTI Neonatal. Com a pandemia, o hospital instalou mais duas UTI´s, as quais totalizam mais 35 leitos, elevando para um total de 79 leitos de UTI atualmente.
REFORMULAÇÃO DA USINA
Criada em 2001, a usina de oxigênio da Santa Casa de Araçatuba produzia 27 metros cúbicos/hora, quantidade que era suficiente para abastecer 100% da demanda do hospital.
Em 2019, a CPFL Energia ofereceu investimento para o hospital aplicar em sua maior necessidade. Ainda que nem se desconfiasse que haveria uma pandemia para a qual o oxigênio seria o principal insumo, a diretoria e a administração da Santa Casa de Araçatuba optaram por reformar a Usina de Oxigênio.
Na ocasião, a CPFL investiu R$ 2,4 milhões para compra e implantação de três módulos que passaram a produzir 90 metros cúbicos/hora de oxigênio.
“Se não tivéssemos feito isso, afirmo sem nenhum medo de errar que Araçatuba teria vivenciado o mesmo caos que Manaus registrou durante a segunda onda da pandemia do coronavírus”, definiu o administrador hospitalar se referindo ao pico ocorrido no primeiro semestre deste ano.
ESTRUTURA
A usina de oxigênio da Santa Casa de Araçatuba é constituída por cinco unidades modelo DOCS 500 da fabricante PCI que juntas tem a capacidade de produzirem 150 metros cúbicos por hora de oxigênio.
Com 353 leitos, a demanda hora por oxigênio nesta semana está variando entre 90 a 100 metros cúbicos. Mas dependendo da quantidade de pacientes covid a demanda pode chegar a mais de 150 metros cúbicos/hora.
Nesse caso, os setores passam a ser abastecidos por um tanque criogênio para armazenamento de oxigênio liquido. O chamado backup tem capacidade cinco mil litros, suficientes para até 15 dias em média, suprindo a diferença entre a produção da usina e a demanda.
O hospital também possui um segundo backup de cilindros contendo 29 unidades com capacidade unitária de 1,45 metros cúbicos. Os cilindros poderão ser utilizados em casos extremos, como por exemplo, esvaziamento do tanque backup. Enquanto a unidade é abastecida os cilindros podem ser usados, o que pode garantir 1.450 litros de oxigênio.
