No Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado neste sábado (27), a Santa Casa de Araçatuba destaca os dez anos da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Desde 2015, a equipe já viabilizou a captação de 356 órgãos, todos efetivamente transplantados em pacientes compatíveis.
Os rins lideram as captações (213), seguidos por fígado (84), coração (17), pulmão (6) e pâncreas (6). Além disso, foram captados 240 tecidos, entre eles 205 córneas, 56 válvulas cardíacas e ossos de sete doadores — materiais que podem beneficiar até dez pessoas cada. Ao todo, mais de 600 pacientes já foram atendidos graças ao trabalho da CIHDOTT.
Formada pelo médico coordenador dr. Rafael Saad e os enfermeiros Cristiani Jesus dos Santos, Daiane Tescaro Almeida e Matheus Araújo Tonon, a comissão atua em parceria com a rede diagnóstica da Santa Casa, responsável por confirmar os casos de morte encefálica, condição indispensável para a doação.
De acordo com o protocolo, a morte encefálica é determinada por dois exames clínicos realizados por médicos diferentes, com um intervalo de tempo que varia conforme a idade do paciente; teste de apneia para confirmar a ausência de movimentos respiratórios e exame complementar como eletroencefalograma (EEG), doppler transcraniano ou angiografia cerebral, que é obrigatório para comprovar a ausência de atividade cerebral.
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a taxa nacional de recusa familiar é de 45%. Em Araçatuba, esse índice é bem menor, em torno de 22%, resultado da atuação direta da equipe multiprofissional, que já obteve 152 autorizações de famílias.
Atualmente, a fila nacional de transplantes soma 71.745 pessoas, sendo o rim o órgão mais demandado. Em São Paulo, são mais de 26 mil pacientes aguardando. O processo é regulado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que garante fila única, transparência e prioridade conforme a gravidade clínica.


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