Araçatuba
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SAÚDE EM ALERTA SANTA CASA EXPLICA PROBLEMA E GARANTE OXIGÊNIO E SEDATIVOS A PACIENTES

Hospital enfrentou pico de consumo durante fim de semana e precisou de cilindros emprestados

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A direção técnica da Santa Casa de Araçatuba, comandada pelo médico Giulio Stanco Coscina Neto, afirmou na tarde desta quinta-feira (11) que, após enfrentar dificuldade no último fim de semana com a demanda de oxigênio para atender a pacientes internados no hospital, independente do problema de saúde de cada um, conseguiu resolver a questão de abastecimento e não prevê novas intercorrências, independente do número de pessoas em tratamento na instituição.

O diretor também explicou a situação do hospital sobre o consumo de medicamentos de anestesia, usados, além de cirurgias e tratamento de pacientes com câncer, na sedação de pessoas infectadas pela Covid-19 e que necessitam de intubação. Ele disse que o fornecimento pelas empresas está mais demorado, mas que a situação está controlada.

Sobre o consumo de oxigênio a informação é de que dobrou nos últimos dias, passando para 160 metros cúbicos por hora. O hospital possui Usina de Oxigênio que produz 90 metros cúbicos por hora, além de um reservatório abastecido por empresa particular com capacidade para armazenar 4 mil metros cúbicos do produto e 25 cilindros de reserva. “Essa estrutura afasta, por enquanto, riscos de desabastecimento”, afirma o diretor Coscina Neto.

Ocorre que, no final de semana, o fornecedor que abastece o reservatório do hospital não conseguiu atender a esse procedimento e por conta disso a Santa Casa precisou recorrer ao oxigênio dos cilindros. Para evitar desabastecimento, conseguiu com instituições locais a cessão de cilindros vazios que foram carregados por mais um fornecedor contratado. Na quarta-feira, todos os fornecedores cumpriram as entregas.

A diretoria da Santa Casa explica que, atualmente, o hospital tem 70 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) dos quais 25 são destinados a pacientes infectados pela Covid-19. A forte demanda da UTI Respiratória, onde hoje estão internados 27 pacientes provocou forte impacto no consumo de oxigênio.

De acordo com a diretoria do hospital, no período que antecedeu à pandemia, a produção da usina e o estoque do reservatório eram suficientes para atender à demanda. Porém com, com a Covid-19 o consumo aumentou gradativamente, apesar de a estrutura garantir a utilização até então. Com o aumento do número de internados por causa do novo coronavírus, o oxigênio do reservatório que antes demorava até 20 dias para ser consumido, hoje dura somente 40 horas.

O estado de alerta fez com que a Santa Casa recorresse a um segundo fornecedor para suprir a carga de 4 mil metros cúbicos do componente de reserva. Além de 30 cilindros, cinco dos quais cedidos pelo Hospital Ritinha Prates; FOA (Faculdade de Odontologia de Araçatuba); Unesp; DRS 2 (Departamento Regional de Saúde) e Nestlé estão na estrutura de apoio. Os cilindros são abastecidos pelos fornecedores e são acoplados à rede de tubulação e distribuição do oxigênio para o complexo hospitalar.

A diretoria técnica da Santa Casa ainda informa que a Usina de Oxigênio entrou em obras de ampliação para gerar maior quantidade do produto. A previsão é de que em curto período de tempo o fornecimento pelo equipamento próprio do hospital seja elevado a 120 metros cúbicos por hora.

SOBRE OS SEDATIVOS

Além de explicar sobre a questão do oxigênio, a diretoria técnica da Santa Casa afirmou que o hospital não está sem sedativos usados no tratamento de parte de seus doentes. A instituição afirma que o que há é uma entrega da medicação, pelas empresas fabricantes, com um prazo maior. Isso se deve à situação enfrentada por todo o país devido à pandemia de Covid-19.

Para que os pacientes infectados pelo coronavírus não fiquem sem a sedação quando precisam ser intubados para respirar com ajuda de aparelhos, a Santa Casa suspendeu a realização de cirurgias consideradas não urgentes. Toda medicação é destinada, além dos doentes de Covid-19, a doentes que precisam ser submetidos com urgência a procedimentos cirúrgicos ou que lutam contra o câncer e precisam ser aliviados de crises de dor.

Desta forma, a Santa Casa também não prevê desabastecimento de sedativos e anestésicos, uma vez que o hospital tem se organizado e mantido sob rígido controle os procedimentos de compra para que os fornecedores procedam as entregas sem o registro de intercorrências.


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