Uma operação da Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (14), sete pessoas suspeitas de envolvimento no mega-assalto a bancos em Araçatuba (SP). O crime ocorreu no fim de agosto e deixou saldo de três mortos e cinco feridos.
A operação teve início nas primeiras horas do dia para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão relacionados à investigação do ataque às agências bancárias.
De acordo com a PF, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão e outros oito de prisão temporária em São Paulo, Campinas e Águas de Santa Bárbara (SP).
Com as sete prisões desta quinta-feira, a polícia já prendeu 15 pessoas com suspeita de envolvimento nos ataques. Além dos 15 suspeitos, outros dois homens foram presos na fronteira com o Mato Grosso do Sul por outros crimes. A polícia investigava possível relação com o ataque em Araçatuba.
A ação feita nesta quinta-feira ocorreu depois que a investigação da PF identificou mais suspeitos da quadrilha. A Justiça Federal autorizou as buscas e prisões.
No total, mais de 100 policiais federais estão envolvidos na operação, que conta com o auxílio da Polícia Militar. A PF afirma que segue empenhada para identificar toda a organização criminosa.
O CRIME
Na madrugada do dia 30 de agosto, criminosos fortemente armados atacaram três agências bancárias no Centro de Araçatuba. A ação durou cerca de duas horas, entre ataque às agências, tiroteio e fuga.
Três agências foram alvo dos criminosos. Em duas delas, os bandidos conseguiram levar dinheiro; a terceira teve apenas os vidros atingidos por tiros. O valor levado não foi informado.
Na noite do crime, veículos foram incendiados para fechar vias e atrapalhar a chegada da polícia. Durante a ação, os criminosos fizeram moradores e motoristas reféns, sendo que algumas das vítimas foram feitas de “escudo humano”. O grupo também usou drone para monitorar a chegada da polícia.
Três pessoas morreram na cidade, entre elas, um criminoso. Outras cinco ficaram feridas, incluindo o jovem de Araçatuba que teve os pés amputados. Dois suspeitos de participar do mega-assalto morreram em outras cidades, sendo um em Sumaré e outro em Piracicaba.