O uso de cadáveres nas aulas de anatomia dos cursos de medicina ainda está longe de ser abolido, segundo especialistas. No entanto, a tecnologia tem cada vez mais ocupado espaço no estudo do ser humano, ao ponto de simuladores com características realistas substituírem de forma gradativa corpos conservados em formol na formação de novos médicos.
Em Araçatuba, o curso de Medicina do UniSALESIANO tem se tornado referência na formação de novos profissionais com o auxílio de simuladores que reproduzem com precisão situações que levam os alunos a aprenderem a lidar com os mais variados problemas de saúde de uma pessoa.
Antes mesmo de lançar ao mercado de trabalho sua primeira leva de médicos, a instituição se consolida como uma das mais bem equipadas de todo o país no ensino da medicina. Além dos necessários corpos reais conservados em substâncias químicas, o UniSALESINO possui 100 unidades de simulação realística capazes de aprimorar o aprendizado dos estudantes.
A mais nova aquisição é o boneco Harvey, um simulador de paciente cardiopulmonar que, segundo a empresa que o fabricou, existente em apenas 19 instituições de ensino superior de toda a América Latina.
É um equipamento dispõe de tecnologia tão avançada que, no último dia 22, os professores do curso de medicina do UniSALESIANO em araçatuba receberam treinamento específico de um profissional do The Gordon Center, da Universidade de Miami, nos Estados Unidos.
Os profissionais que ensinam o ofício aos futuros médicos foram preparados para lidar com o simulador no diagnóstico de problemas cardiovasculares e pulmonares. O treinamento aconteceu no Laboratório de Habilidades Médicas e foi direcionado aos docentes Helena Codeiro Barroso, Vinicius Nakad Orsatti, Vilma Neri Shisato, Adriano Pellicioni, Carlos Henrique Mori Frade Gomes.
De acordo com técnico Obed Frometa, o boneco Harvey proporciona acesso a todas as patologias cardiopulmonares, desde as mais comuns até as raras, que são difíceis de encontrar no paciente real. Com o simulador de paciente cardiopulmonar é possível auscultar a pressão arterial, pulsos, sons cardíacos, sopros e sons respiratórios. “Isso é bom para os professores, poderem mostrar cada patologia e suas condições, dar habilidades aos estudantes que terão grande vantagem em lidar com as doenças cardíacas”, disse o técnico quando esteve em Araçatuba.
Para o coordenador do curso de Medicina, Antônio Henrique Poletto, o método de simulação realística, além de ser eficiente, é muito humanizado, pois permite o desenvolvimento de habilidades e posturas éticas antes que o estudante tenha os primeiros contatos com os pacientes. “Esse é um aspecto muito importante do laboratório de simulação”, avalia.
Já o reitor do UniSALESIANO, padre Luigi Favero, destaca que o curso de Medicina continuará sendo bem equipado, aprimorando a formação dos futuros médicos com grande qualidade de ensino para a formação de bons profissionais.