A sacoleira Cíntia Alves Barbosa, uma das 15 vítimas que sobreviveram após o ônibus em que estavam cair de uma ribanceira de 10 metros de altura, afirma ter vivido momentos de desespero. O acidente aconteceu na alça de acesso da rodovia Marechal Rondon (SP-300), no trevo de Mirandópolis, na madrugada de quarta-feira (18). Duas mulheres morreram no local.
"Eu estava acordada e senti que o ônibus deu uma derrapada e freou logo em seguida. Depois disso, eu o senti caindo na ribanceira e escutei os gritos de desespero”, conta a mulher.
Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o ônibus saiu da capital paulista e seguia para Três Lagoas (MS) transportando 35 pessoas de cidades da região noroeste paulista e do Mato Grosso do Sul. O acidente aconteceu após o ônibus deixar passageiros em Mirandópolis.
“O motorista havia acabado de assumir a direção do veículo. Então, provavelmente, o sono e o cansaço serão descartados. É possível que ele estivesse com a velocidade um pouco acima do permitido para o local”, afirma o tenente da Polícia Rodoviária Estadual, Dias dos Santos.
Ainda segundo a PRE, 18 pessoas estavam dentro do ônibus no momento em que o acidente aconteceu. Além das duas mortes, 15 delas ficaram feridas, sendo quatro em estado grave.
As mulheres que morreram foram identificadas como Jandira Amadio de Souza, 72 anos, que morava em Guaraçaí, e Fernanda Araújo Brito, 22 anos, de Andradina.
Cíntia afirma que não estava usando o cinto de segurança no momento em que o acidente aconteceu e que, possivelmente, os outros passageiros também não estavam.
“Pensei que eu iria morrer. Pensei nos meus filhos, na minha mãe, na minha família. Quando eu vi que estava viva, agradeci a Deus”, afirma.
A Polícia Civil de Mirandópolis instaurou inquérito para investigar as causas da morte. Durante toda a manhã de quarta-feira (18), os policiais escutaram as vítimas que não se feriram com gravidade.
Informações e imagens G1 e TV TEM.
