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O projeto Sorriso Feliz atendeu 3.555 crianças de quatro meses a cinco anos da rede municipal de ensino de Araçatuba, de março a agosto deste ano. A iniciativa já passou por 19 escolas, promovendo palestras lúdicas, escovação supervisionada, avaliações e tratamento restaurador no ambiente escolar.

A ação é desenvolvida pela Unesp, em parceria com as secretarias municipais de Saúde e Educação. O objetivo é promover a saúde bucal desde a primeiríssima e primeira infância, por meio de ações de prevenção, diagnóstico precoce de lesões de cáries e outras doenças, além de orientações às famílias.

AVALIAÇÕES

No período, 2.582 alunos foram avaliados com autorização dos pais, sendo que 21,95% foram diagnosticados com cárie. Do total, 567 crianças receberam tratamento restaurador atraumático (ART) e aplicação de verniz fluoretado e 190 foram encaminhadas para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para finalizar o tratamento.

PROCEDIMENTOS

No ano passado, 5.092 crianças de 27 escolas participaram do projeto. Deste total, 3.870 foram avaliadas e 24,72% delas apresentaram cárie. Ao todo, 957 alunos passaram por tratamento na unidade escolar e 335 foram encaminhados a postos de saúde para procedimentos de canal, restaurações e extrações dentárias.

As visitas nas escolas de educação infantil são realizadas pelas cirurgiãs dentistas da Divisão Odontológica da Secretaria de Saúde, Lilian Pignatta, Ana Sgorion, Adriana Yoshida e auxiliares do departamento, com o apoio de acadêmicos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA) da Unesp.

TRATAMENTO

Antes das consultas, a equipe promove atividades educativas e ensina os alunos como fazer corretamente a escovação. Todas as crianças recebem um kit de higiene bucal com uma escova e creme dental.

Lilian lembrou que o tratamento começou a ser oferecido no ano passado. Antes, o projeto Sorriso Feliz só fazia a prevenção e avaliação. As crianças que necessitavam de tratamento eram enviadas ao posto de saúde, mas muitos pais não conseguiam levar os filhos para os procedimentos necessários.

“Por estarem no ambiente escolar, as crianças têm aceitado mais o tratamento, sem medo. Estamos conseguindo identificar problemas bucais em estágios iniciais e, na maioria dos casos, fazer o tratamento mais efetivo. Percebemos que a porcentagem de alunos com cárie tem diminuído”, afirmou a dentista.