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INOVAÇÃO TECNOLOGIA: ALIADA INDISPENSÁVEL DO AGRONEGÓCIO

Diretor da AEAN cita agricultura de precisão, internet, drones, redução de custos, melhoria na gestão de riscos e sustentabilidade como benefícios para o setor

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O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, representando cerca de 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Em um cenário global cada vez mais competitivo e com a demanda crescente por alimentos, a tecnologia surge como aliada indispensável para o desenvolvimento e a sustentabilidade do setor. O investimento em inovações tecnológicas promove práticas agrícolas mais sustentáveis e ambientalmente responsáveis, além de aumentar a sua produtividade e eficiência.

 

O diretor da AEAN (Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Alta Noroeste), engenheiro agrônomo Fábio Brancato, cita a agricultura de precisão, como exemplo. Ele afirma que se trata de uma abordagem que utiliza tecnologias avançadas para monitorar e gerenciar variáveis agrícolas com precisão milimétrica. Sensores, GPS, drones e imagens de satélite permitem que os agricultores coletem dados detalhados sobre suas plantações, solo e condições climáticas. Essas informações são essenciais para tomar decisões informadas sobre o uso de insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, além de otimizar o plantio e a colheita.

 

Conjuntamente a esta solução, afirma Brancato, a Internet das Coisas (IoT) está transformando a maneira como o agronegócio opera. Sensores conectados à internet podem monitorar em tempo real a umidade do solo, a temperatura, a saúde das plantas e a presença de pragas. Esses dados são enviados para uma central de controle, onde algoritmos avançados analisam as informações e fornecem recomendações para os agricultores. Essa conectividade permite uma gestão mais eficiente e precisa, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.

 

“No céu, drones e as imagens de satélite também têm revolucionado o monitoramento agrícola. Com esses recursos, é possível obter imagens de alta resolução das plantações, identificar áreas problemáticas, monitorar o crescimento das culturas e até mesmo aplicar insumos de forma precisa. Essa tecnologia permite uma visão panorâmica e detalhada das áreas cultivadas, facilitando a detecção de problemas e a implementação de soluções rápidas”, explica o profissional.

 

Vantagens

 

Uma das principais vantagens do investimento em tecnologia no agronegócio é o aumento da produtividade. Ferramentas avançadas permitem que os agricultores produzam mais com menos recursos, otimizando o uso de insumos e melhorando a eficiência operacional. Isso resulta em colheitas maiores e de melhor qualidade, atendendo à crescente demanda por alimentos.

 

De acordo com o diretor da AEAN, a sustentabilidade é uma preocupação crescente no setor agrícola. “Tecnologias inovadoras permitem práticas mais sustentáveis, como a redução do uso de água e de químicos, o manejo integrado de pragas e a rotação de culturas. Além disso, a agricultura de precisão minimiza o impacto ambiental ao garantir que os insumos sejam aplicados apenas onde são necessários, evitando a contaminação do solo e da água”, comenta Brancato.

 

O uso de tecnologias avançadas também contribui para a redução de custos operacionais. Sensores e sistemas automatizados reduzem a necessidade de mão-de-obra intensiva e minimizam desperdícios, enquanto a análise de dados permite um planejamento mais eficiente. Como resultado, os agricultores podem economizar recursos e maximizar seus lucros.

 

O agrônomo destaca ainda que o agronegócio está sujeito a diversos riscos, como variações climáticas, pragas e doenças. Tecnologias avançadas ajudam a mitigar esses riscos ao fornecer dados em tempo real e previsões precisas. Isso permite que os agricultores tomem medidas preventivas e ajustem suas estratégias com base nas condições atuais e futuras, reduzindo a vulnerabilidade e aumentando a resiliência das operações agrícolas.

 

Investir em tecnologia é fundamental para manter a competitividade no mercado global. Agricultores que adotam inovações tecnológicas estão melhor posicionados para responder às demandas do mercado e às expectativas dos consumidores por produtos de alta qualidade e produzidos de forma sustentável. Além disso, a adoção de tecnologias avançadas pode abrir novas oportunidades de negócios e mercados, ampliando o alcance e a rentabilidade do agronegócio.

 

Educação e Capacitação

 

Fábio Brancato ressalta também que a educação e a capacitação dos agricultores são fundamentais para superar desafios, como a falta de conhecimento e de capacitação dos produtores rurais para operar as soluções dispostas. Neste sentido, programas de treinamento e workshops podem ajuda-los a entender melhor as tecnologias disponíveis e como elas podem beneficiar as suas operações. Além disso, é importante promover a troca de conhecimento e experiências entre os agricultores e criadores, criando uma cultura de inovação e colaboração no setor.

 

O apoio governamental é essencial para impulsionar a adoção de tecnologia no agronegócio. Políticas públicas que incentivem o investimento em inovação, como subsídios e linhas de crédito específicas, podem facilitar a modernização das operações agrícolas. Além disso, investimentos em infraestrutura, como a expansão da conectividade em áreas rurais, são fundamentais para viabilizar o uso de tecnologias avançadas no campo.

 

“O futuro do agronegócio está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento e à adoção de novas tecnologias. Inovações como a inteligência artificial, a robótica e a biotecnologia têm o potencial de transformar ainda mais o setor. Máquinas agrícolas autônomas, por exemplo, podem realizar tarefas com precisão e eficiência incomparáveis, enquanto a edição genética de plantas pode resultar em culturas mais resistentes a doenças e condições climáticas adversas”, resume o diretor da AEAN.

 

No dia 1º de julho, especialistas discutiram a efetividade de investir em inovações para o agronegócio, no Fórum de Políticas Públicas do Crea-SP realizado em Mogi Mirim. Entre convidados, profissionais da área tecnológica e gestores públicos, também foram abordados temas como pesquisa, avanços na agronomia, indústria e economia com foco no desenvolvimento de políticas públicas.

 

“A ideia de ser uma série itinerante que percorre o Estado é para colocar os profissionais no centro das discussões técnicas com o poder público, debater os problemas e auxiliar na solução deles. E, para isso, os profissionais são fundamentais, pois têm essa expertise para fazer bons projetos que resultarão na melhoria da cultura e na qualidade de vida da população”, declarou a presidente do Conselho, Eng. Lígia Mackey, na abertura do encontro*.

 

*Com informações da CDI Comunicação (Assessoria de Imprensa do Crea-SP)


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