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PATENTE Unesp deposita patente de equipamento que auxilia manejo bovino

Equipamento desenvolvido em Ilha Solteira dá maior eficiência à produção pecuária

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No câmpus da Unesp (Universidade do Estadual Paulista) Ilha Solteira, dois pesquisadores de áreas distintas se uniram para criar um equipamento que automatiza a medição da altura da pastagem, permitindo maior eficiência na alimentação do rebanho.

O protótipo criado pelo zootecnista Leandro Coelho de Araujo, professor no Departamento de Biologia e Zootecnia da Unesp de Ilha Solteira, e pelo engenheiro mecânico Douglas Domingues Bueno, professor no Departamento de Matemática, é capaz de medir a altura da pastagem por meio de ultrassom, dispensando assim técnicas manuais, que fazem uso de régua ou trena. “O equipamento é capaz de realizar dezenas de registros por minuto, cobrindo uma área muito maior e com muito mais precisão que a medição manual”, explica Araújo, que é especialista em Produção, Manejo e Conservação de Plantas Forrageiras.

O pesquisador explica que a maior parte dos rebanhos bovinos no país é criada em pastos, uma vez que nosso clima permite o crescimento da forrageira de forma abundante, barateando essa forma de produção. Neste tipo de produção, existe uma altura ideal para cada tipo de pastagem ser consumida pelos animais, de forma a alcançar a melhor eficiência do rebanho e perenidade das pastagens.

Em sistemas chamados de rotativos – onde a pastagem é dividida em vários piquetes –, existem alturas ideais para a entrada e saída do rebanho de um determinado piquete, enquanto para sistema com lotação contínua a altura ideal está entre uma faixa recomendada.

A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores de Ilha Solteira automatiza, dá maior precisão e é capaz de ampliar a área dessa medição, além de eliminar o efeito subjetivo intrínseco a cada avaliador quando realizado com régua ou trena. “Utilizando esse equipamento eu consigo saber o momento exato em que a altura definida foi alcançada dentro do piquete, permitindo uma maior eficiência de pastejo. Essa busca pelo ótimo é o que se chama hoje em dia de Zootecnia de Precisão: cada dia que você perde com os animais abaixo da sua eficiência de pastejo resulta em menor produtividade para o produtor”, aponta Araujo.

Por ser um equipamento pequeno, o protótipo pode ser acoplado a um drone, permitindo o registro e o cálculo da altura do capim de grandes áreas destinadas à pecuária. Um produtor pode, por exemplo, realizar registros diários e quando o equipamento detectar que o capim alcançou a altura ideal, ele pode mover o lote de animais para este pasto (chamada altura pré-pastejo) ou pode detectar o instante em que a altura sugere a retirada do lote deste piquete (chamada altura pós-pastejo). O estudo está em andamento e visa também acoplar o equipamento em pivô central e nos bovinos que fariam os registros das alturas durante o pastejo.  

Com a patente já depositada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPE), a agência irá auxiliar na transferência da tecnologia para o mercado.
 


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