Na solenidade de abertura da 2ª Conferência de Medicina “Multidisciplinaridade e Convergência” e do 1º Simpósio de Pneumologia e Cirurgia Torácica, o reitor do UniSALESIANO, padre Luigi Favero, referiu-se ao filósofo Platão e comparou a programação do evento a um “banquete de sabedoria” para os alunos da instituição e todos os participantes.
“A programação parece um menu de um banquete. Há 2.500 anos, Platão escreveu um livro, chamado ‘Banquete’. Podemos dizer que a conferência, o simpósio, é um banquete de sabedoria. E aqui, um banquete de juventude, de gente sábia, que são os professores, e também o entusiasmo, a beleza e inteligência dos nossos alunos”, disse.
Padre Luigi lembrou ainda a parábola do Bom Samaritano, no Evangelho de São Lucas, que era médico. “Essa parábola, podemos dizer, é o paradigma do médico e de todos aqueles que querem cuidar da saúde. É a parábola mais bonita no sentido humano e cristão”, completou.
Após ler a parábola do Bom Samaritano, o reitor aconselhou aos futuros médicos que: “o que importa, realmente, é o médico perceber de que o outro precisa”. E acrescentou: “Nunca podemos perder a sensibilidade por aquele que sofre. Um sorriso e uma palavra têm força muito grande”.
FORMAÇÃO
O coordenador do curso de Medicina do UniSALESIANO, doutor Antônio Henrique Poletto, destacou que o encontro tem o objetivo de dar oportunidade aos participantes de assistirem aulas, refletir, aprender e esclarecer dúvidas sobre temas importantes para a prática e formação médica.
Já o docente do curso de medicina, o patologista José Cândido C. Xavier Júnior, informou ao público sobre a notoriedade do palestrante da noite: Doutor Manuel Sobrinho-Simões, médico português eleito em 2016 o patologista mais influente do mundo.
“É um grande incentivador da patologia brasileira, tendo recebido em seu serviço diversos residentes para estágio e pós-graduação. Tem mais de 300 artigos publicados em revistas indexadas e é reconhecido em todos os continentes como um patologista de excelência”, definiu.
PALESTRA
Na palestra – “Importância do estudo da patologia para a formação médica: Como otimizar a patologia cirúrgica nos dias de hoje e de amanhã”--, o médico português afirmou que a patologia é fundamental porque é o estudo das doenças e os alunos só serão médicos se puderem fazer o estudo das causas e das consequências das doenças. Já a patologia cirúrgica é utilizada para tratamentos de doenças como as neoplasias (tumores).
“Mesmo na patologia cirúrgica, o médico tem que colaborar, relacionar e comunicar. A solução passa sempre pela relação médico-doente”, disse.
Em relação ao câncer, que é o tumor maligno, Sobrinho-Simões explicou que suas células são quase imortais e não respeitam fronteiras. “O câncer é um organismo vivo, vem de dentro de nós. Não há nada mais parecido conosco do que nossos cânceres. Por isso é tão difícil tratar”, salientou.
Portanto, o médico aconselhou que a solução é pensar na prevenção. “A patologia cirúrgica do amanhã começa na prevenção”, acrescentou. Em seguida, vem o diagnóstico precoce, onde também entra a patologia cirúrgica. E, por fim, os tratamentos de casos avançados.