Um estagiário da Câmara de Araçatuba foi preso em flagrante por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), acusado de tráfico de drogas. No carro dele, uma Saveiro de cor preta, foram encontrados 194 tabletes de maconha, totalizando 122,6 quilos do entorpecente.
L.F.N.N., de 20 anos, é aluno do curso de Direito e foi contratado como estagiário pela Câmara em fevereiro de 2018, com salário de R$ 994,01. A prisão por tráfico de maconha ocorreu há dez dias – um domingo, 21 de julho –, na cidade de Anaurilândia (MS), localizada a 362 quilômetros de Araçatuba.
Apesar de ocorrido há pouco mais de uma semana, a informação de que o preso é estagiário da Câmara de Araçatuba só veio a público nesta quarta-feira (31). A reportagem do 018 News questionou a administração do Legislativo, que confirmou o caso e afirmou que o desligamento de L.N. será formalizado nesta quinta-feira (01).
Junto com o estagiário, estava na Saveiro um adolescente de 17 anos, que viajava como passageiro. O menor foi apreendido e encaminhado para que o Conselho Tutelar de Anaurilândia tomasse as devidas providências.
A apreensão da droga e do adolescente, assim como a prisão do estagiário, ocorreu durante uma abordagem policial do DOF. Em depoimento, ele disse à Polícia Civil de Anaurilândia que pegou o veículo com a carroceria recheada de maconha em Amambai, cidade também do estado do Mato Grosso do Sul, próxima a Ponta Porã e também a Coronel Sapucaia, na divisa com o Paraguai.
Responsável pela condução da Saveiro recheada de maconha, o araçatubense pode responder por tráfico internacional de drogas, uma vez que o entorpecente viria da divisa com o Paraguai. Ele também pode ser indiciado por corrupção de menor, pelo fato de ter sido apreendido no carro o adolescente de 17 anos.
O estagiário da Câmara disse à polícia que receberia a quantia de R$ 3 mil para fazer o transporte do entorpecente. A informação é de que os 122 quilos de maconha seriam transportados até Araçatuba. No entanto, ele não revelou a quem seria entregue no município.
O preso por tráfico é filho de um ex-servidor municipal, que morreu em março de 2017, após tomar veneno em uma lanchonete da cidade. Na ocasião, ele ficou por alguns dias internado na Santa Casa, mas não resistiu e veio a óbito.
