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INVESTIGAÇÃO VÍDEO: PF ouvirá araçatubense dono de avião usado em suposto tráfico

Membro da família Maia aparece como proprietário de aeronave que pode ter transportado cocaína

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A Polícia Federal de São Paulo vai intimar o empresário araçatubense Antonio Barbosa Maia a prestar depoimento sobre o possível uso de uma aeronave que está em seu nome, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no transporte de 970 quilos de cocaína que foram apreendidos na última quarta-feira (29), em operação realizada em Biritiba Mirim.

“Nós sabemos quem é o dono (da aeronave). A investigação não termina no flagrante. A partir do flagrante a gente vai iniciar outras investigações que culminarão, invariavelmente, na intimação do dono da aeronave”. A declaração é do delegado federal Fabrízio Galli, que comandou a operação.

Parte da droga apreendida estava enterrada em um buraco no interior de uma chácara em Biritiba Mirim e o restante na carroceria de uma caminhonete, abordada quando chegava ao local. Três pessoas foram presas em flagrante por tráfico internacional de drogas. Duas delas responsável pelo transbordo do entorpecente e o piloto de um avião cuja documentação foi encontrada na propriedade rural.

AERONAVE EM HANGAR

Com a localização dos documentos do avião, possivelmente usado no transporte da cocaína – o que deverá ser comprovado em novas investigações e perícia realizada por técnicos da Polícia Federal –, os policiais que atuaram na operação foram até o aeroclube de Biritiba Mirim e lá encontraram a aeronave.

Trata-se de um avião modelo Beech Aircraft, prefixo PR-MJB, fabricado em 1982, com capacidade para o transporte aéreo de seis pessoas, incluindo o piloto. De acordo com a PF, o fato de a aeronave ter sido encontrada com bancos retirados de seus locais e origem ou deitados indica que a estrutura interna do avião, que tem condições e autorização para realização de voos noturnos, possa ter sido alterada para acomodar a maior quantidade de drogas possível.

DEFESA NEGA ENVOLVIMENTO

A defesa do empresário araçatubense Antônio Barbosa Maia nega possível envolvimento dele com tráfico de cocaína e deve entregar nesta sexta-feira (31), na sede da Polícia Federal, na capital paulista, documentos que comprovariam que a aeronave apreendida em Biritiba Mirim havia sido vendida.

De acordo com reportagem do jornalista e apresentador Marcelo Casagrande, do SBT Interior em Araçatuba, reproduzida no site sbtinterior.com, o avião apreendido em Biritiba Mirim teria sido vendido por Antonio Barbosa Maia a Alam Conceição Peres, que aparece como operador da aeronave nos registros legais da Anac.

No registro perante a Anac, consta que foi comunicado no RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro) comunicação de “venda/reserva de domínio” do avião. Logo abaixo da informação, consta como data de compra/transferência o dia 05 de julho de 2013. No entanto, não é claro no documento se a data se referente à compra do avião por Antônio Barbosa Maia ou da venda dele para Alam Conceição Peres, como afirma a defesa do araçatubense.

TRANSFERÊNCIA NÃO CONCLUÍDA

Por telefone, o advogado Fábio Sena de Andrade, que defende Maia, disse ao sbtinterior.com que existe um contrato de alienação entre o empresário e o comprador, que seria Alam Conceição Peres. “A transferência do avião não foi concluída, já que o comprador não pagou as parcelas previstas em contrato”, afirmou o advogado. “Meu cliente (Antônio Barbosa Maia) está tranquilo já que tem documentos que comprovam a boa fé na venda e a idoneidade dele”. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Alam Conceição Peres.

EMPRESA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

De acordo com o site Consulta Sócio, Antônio Barbosa Maia aparece como proprietário de três empresas. Ele tem como sócios dois irmãos e outras duas pessoas com sobrenome maia. Uma das empresas, com maior capital social, é a Maia Aviation Importação e Exportação Ltda, com valor de R$ 1.244.889,00, instalada em Ivinhema (MS).

O empresário ainda aparece como um dos donos da Armazéns Gerais de Rondônia Ltda, localizada na zona rural de Corumbiara (RO), com capital social de R$ 770 mil. E da Barmai Administração de Patrimônio Ltda, instalada no centro de Araçatuba e que tem capital de R$ 200 mil.

Com informações do sbtinterior.com

 


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