O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual instaurou Procedimento Investigatório Criminal para apurar a possível contaminação por metanol em bebidas alcoólicas comercializadas em Araçatuba (SP).

A investigação teve início após a internação de uma jovem de 18 anos que apresentou sintomas compatíveis com intoxicação por metanol, após o consumo de bebidas supostamente adulteradas ou falsificadas.

Diante da gravidade do caso, foi formada uma força-tarefa envolvendo o GAECO, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária Municipal. O grupo realizará fiscalizações em estabelecimentos comerciais e apreenderá produtos que possam representar risco à saúde da população.

Segundo os promotores de Justiça Rodrigo Alves Gonçalves e João Paulo Santa Serra, os trabalhos de apuração ocorrerão sob sigilo.

HEMODIÁLISE

Uma paciente de 18 anos que deu entrada, na manhã de quinta-feira (02), na Santa Casa de Araçatuba, em parada cardiorespiratória e com sintomas semelhantes aos de intoxicação por metanol, permanece internada em leito de UTI, em quadro clínico considerado estável dentro da gravidade do caso.

Por meio de nota, a assessoria de comunicação do hospital informou no final da manhã desta sexta-feira (03), que a paciente foi submetida a um procedimento de hemodiálise, que transcorreu sem intercorrências.

A Santa Casa de Araçatuba informou ainda que o estado de saúde da jovem segue sob acompanhamento contínuo da equipe multiprofissional do hospital.

NOTIFICAÇÃO

A Santa Casa de Araçatuba informou ontem que o caso seria notificado à Vigilância Sanitária e à Vigilância Epidemiológica do município. Ainda ontem, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Araçatuba divulgou nota de alerta sobre o possível caso de intoxicação por metanol, no município.

Ainda segundo a Santa Casa, o material coletado da paciente também seria encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz para investigação laboratorial sobre possível intoxicação por metanol. A assessoria do hospital não soube precisar em quanto tempo teria o retorno de laudo do órgão, uma vez se tratar de um caso de atendimento inédito no hospital.

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